quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Museu de arte contemporânea de Sampa para quem não conhece!




















Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo

O Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP) é uma instituição ligada ao ensino, à pesquisa e à extensão universitária, voltado à produção artística nacional e estrangeira. Com sede no campus central da Universidade de São Paulo, além de seu espaço histórico no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, constitui um importante centro de pesquisa e de formação educacional.
O MAC é o mais importante museu da América Latina especializado na produção ocidental do século XX. Seu acervo conta com cerca de 8 mil obras - entre óleos, desenhos, gravuras, esculturas, objetos e trabalhos conceituais - consistindo em um grande patrimônio cultural com decorrências nacionais e internacionais.




Antecedentes
A criação do Museu de Arte Contemporânea da USP encontra-se ligada à história da primeira coleção especializada em arte moderna da América Latina, a do Museu de Arte Moderna de São Paulo, e, por conseguinte, à instituição da Bienal Internacional de Arte de São Paulo. Fundado em 1948 por Francisco Matarazzo Sobrinho, o Ciccillo Matarazzo, o Museu de Arte Moderna de São Paulo surge em um contexto de expansão industrial e de acelerado processo de metropolização. Nesse cenário, o mecenato privado – sobretudo o de Ciccillo e de Assis Chateaubriand (fundador do Museu de Arte de São Paulo) – cumpre papel decisivo na criação de diversas instituições culturais do período. No campo das artes visuais, o MAM/SP e a Bienal expressam a atenção despertada pelas novas tendências construtivas na arte.
Reivindicação antiga de artistas e intelectuais, como Mário de Andrade e Sérgio Milliet, o projeto de um museu dedicado à Arte Moderna no Brasil tem por modelo o Museum of Modern Art (MoMA) de Nova York (1929) e sua tentativa de articulação das diferentes artes: cinema, teatro e artes visuais. Com o apoio de Nelson Rockfeller (responsável por uma importante doação de obras feita ao MAM/SP em 1949), Carlos Pinto Alves e Alberto Magnelli, Ciccillo consegue ampliar a coleção, contando para isso com o auxílio técnico do crítico belga Leon Dégand, primeiro diretor da instituição. A criação da Bienal Internacional de São Paulo cumpre importante papel na ampliação do acervo: as obras premiadas nas mostras internacionais realizadas a partir de 1951 são incorporadas à coleção do museu, até 1962, quando ocorre a separação jurídica entre as instituições.
Os sucessivos conflitos entre a diretoria - ávida por autonomia - e Ciccillo, além da excessiva ligação do museu à Bienal (que fez dele quase um apêndice desta), levaram o empresário a decidir unilateralmente pela extinção do MAM, em 1962, e a efetivar a doação de seu acervo à Universidade de São Paulo no ano seguinte. Amigo do reitor da universidade, Ulhôa Cintra, Ciccillo havia recebido deste a promessa de que o acervo ganharia uma sede própria no campus da Cidade Universitária. Os membros do conselho recorreram judicialmente da decisão de Ciccillo e tentaram recuperar, em vão, o patrimônio da instituição. Conseguiram, no entanto, reaver a personalidade jurídica do MAM/SP. Passam a organizar exposições pela cidade até que, em 1969, o museu retoma suas atividades regulares em sua nova sede, na marquise do Parque do Ibirapuera.



Histórico
O Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo é instituído em 8 de abril de 1963. Além das obras transferidas do Museu de Arte Moderna de São Paulo, somam-se ao seu acervo as obras advindas das coleções particulares de Ciccillo Matarazzo e de sua esposa, Yolanda Penteado, bem como a doação de obras internacionais realizada pela Fundação Nelson Rockfeller e os Prêmios das Bienais Internacionais de São Paulo. Concomitantemente, parte do antigo museu e de sua história migra para a universidade, o que confere a ele feições particulares associadas ao caráter da instituição que o acolhe. Entre outras coisas, observa-se o destaque, a partir de então, ao caráter educacional e formador do MAC, dirigido por professores universitários.
Posteriormente, juntam-se ao núcleo primário o espólio de Yolanda Mohalyi (com 26 obras da artista) e a coleção Theon Spanudis (364 obras, entre as quais um grande número de trabalhos construtivos posteriores à década de 1960). Em sua fase inicial, o museu funciona no terceiro andar do Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque do Ibirapuera, onde são realizadas as Bienais.
A herança das obras-primas amealhadas pelo MAM/SP fez com que o novo museu logo ganhasse destaque na América Latina e espaço nas discussões sobre os rumos das artes no século XX. Walter Zanini, primeiro diretor do MAC, assumiu pouco antes do golpe militar de 1964. Em tempos de intensa repressão política, Zanini foi o responsável por fazer do MAC um fórum do pensar e do fazer artísticos. Vários trabalhos expostos no museu refletiam a presença militar no cotidiano, ocasionando ameaças freqüentes dos órgãos repressores institucionais. As administrações posteriores de Wolfgang Pfeifer (1978-1982), Aracy Amaral (1982-1986) e Ana Mae Barbosa (1986-1990) foram de grande importância na definição dos novos rumos da instituição.
Investido das atribuições recorrentes ao fato de se posicionar como um museu da arte do nosso tempo, o MAC serviu de laboratório à primeira experiência museológica brasileira voltada à produção contemporânea. Ela se afirmou em meados dos anos de 1960, no exato momento em que se projetava internacionalmente a discussão sobre mudanças que estavam ocorrendo na arte, ocasião em que se discutia a re-conceituação dos seus paradigmas.
O MAC USP projetava já nesse momento, ações e exposições que mostravam a arte contemporânea ao público. A incorporação de obras fundamentadas na experimentação de novas linguagens e no uso de novos meios foi a base do crescimento do acervo, nas décadas posteriores à sua fundação. A contemporaneidade será a marca principal das décadas de 70 a 90, quando as doações de obras realizadas pelos próprios artistas colocaram-se como fator principal para a atualização e ampliação qualitativa do acervo do museu.
O ano de 1985 marca o começo da construção da sede definitiva do MAC, na Cidade Universitária. O projeto original foi elaborado pelos arquitetos Paulo Mendes da Rocha e Jorge Wilheim em 1975, mas com o início dos trabalhos, foram descobertas limitações técnicas que impossibilitaram a continuação da obra, fazendo com que a direção do museu optasse por um segundo projeto, inaugurado em 1992. Recentemente, o edifício-sede do MAC passou por ampla reforma, provendo o edifício de equipamentos de segurança e conservação mais modernos e conferindo uma nova disposição ao espaço expositivo da instituição.
A condição de museu universitário confere ao MAC/USP características diferenciadas em relação às instituições congêneres. O museu conta com um corpo permanente de docentes e pesquisadores que desenvolvem pesquisas científicas nas diversas áreas de atuação do museu, resultando em amplo acervo de publicações e expertises. Também oferece cursos de extensão universitária, de graduação e de pós-graduação aos estudantes da USP, de instituições conveniadas e à comunidade em geral.



A coleção


A coleção do MAC é de singular importância no contexto nacional e internacional e oferece uma experiência significativa do que foi e é a arte do início do século XX até os dias de hoje. São mais de oito mil obras – entre pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, fotografias, objetos e trabalhos conceituais – de artistas exponenciais, brasileiros e estrangeiros, capazes de ilustrar todos os principais movimentos artísticos dos últimos cem anos. Recentemente, o MAC recebeu, por determinação judicial, a guarda e a administração provisória de 1478 obras da coleção do Banco Santos, que abrange um significativo conjunto de fotografias contemporâneas, vindo cobrir uma lacuna no acervo da instituição.


Evidencia-se, na coleção, a existência de um núcleo sólido e abrangente referente ao desenvolvimento da arte moderna. Cronologicamente, a obra mais antiga do acervo é Paisagem (1906) de Giacomo Balla, expoente do Futurismo italiano, ainda influenciado pelas técnicas divisionistas. Umberto Boccioni é o autor de Formas Únicas da Continuidade no Espaço, uma de suas obras-primas absolutas. Mario Sironi completa o núcleo futurista.
No inventário de preciosidades do MAC, Pablo Picasso assina a tela Figuras, que se desdobra em dois perfis, Max Bill lança as bases do Concretismo na obra Unidade Tripartida e Marino Marini dá uma mostra de seu estilo inventivo com Grande Cavalo. Modigliani assina um dos ícones máximos da coleção. Seu Auto-Retrato, o único realizado pelo artista, é uma de suas últimas obras e expõe as influências da Arte Africana e do Expressionismo. Dentro deste movimento, encontram-se obras de Paul Klee, Constant Permeke, Käthe Kollwitz e Karl Scmidt-Rottluf. Da corrente fovista, há exemplares de Matisse e Raoul Dufy. O movimento cubista se faz presente nas obras de Albert Gleizes, Georges Braque, Jean Metzinger, Henri Laurens e Roger Chastel.
O Abstracionismo encontra-se fartamente representado na coleção, em diferentes correntes e tendências. Kandinsky é um dos principais destaques, com a obra Composição Clara, de 1942. Outros importantes expoentes dessa corrente presentes no acervo são Francis Picabia, Fernand Léger, Roger Bissière, Arthur Garfield Dove, Alexander Calder, Alberto Magnelli, Cesar Domela, Hans Hartung e Barbara Hepworth. Na corrente geométrica, os destaques são Josef Albers e Sophie Taeuber-Arp, enquanto Serge Poliakoff, Alfred Manessier, Kurt Schwitters e Giuseppe Santomaso evidenciam a tendência lírica. O Construtivismo se faz presente com Figura Reclinada de Henry Moore e Gesto Cósmico de Willi Baumeister, ao passo que a obra Conceito Espacial de Lúcio Fontana permite vislumbrar aspectos da tendência chamada Especialismo.
Opondo-se às renovações conceituais abstracionistas, encontram-se os representantes do chamado Novecento Italiano, como Carlo Carrà, Felice Casorati, Giorgio Morandi, Ottone Rosai e Massimo Campigli. Adeptos do Figurativismo, Ben Shahn e Rufino Tamayo exemplificam a arte engajada e o realismo fantástico, respectivamente. A pintura metafísica de Giorgio de Chirico (O Enigma de um Dia), Giuseppe Capogrossi e Atanasio Soldati, bem como as composições dadaístas de Jean Arp e Georg Grosz, lançam as bases para a ascensão do Surrealismo, magistralmente representado nas obras Primavera, de Marc Chagall, Quadro para Jovens, de Max Ernst e Personagem atirando pedra num pássaro, de Miró, e em outras composições de Wilfredo Lam, Germaine Richier e Roberto Matta. O surrealismo poético do Grupo CoBra tem em Karel Appel e Pierre Alechinsky seus principais representantes.
A coleção de arte moderna brasileira do MAC é das mais emblemáticas, traduzindo várias estéticas e fases. Importantes nomes dos primórdios do modernismo estão representados por obras de inconteste relevância no cenário artístico nacional. É o caso de A Boba e de Torso/Ritmo, obras de Anita Malfatti expostas em 1917, considerados o clímax de sua produção expressionista. O mesmo ocorre com Tarsila do Amaral, de quem o museu possui várias obras-primas, como as telas A Negra, E.F.C.B e Floresta. O MAC possui ainda trabalhos de grande peso de outros artistas presentes na Semana de Arte Moderna de 1922, como Lasar Segall, Di Cavalcanti, Victor Brecheret, Vicente do Rego Monteiro e John Graz, e de outros tantos que se incorporariam ao movimento ainda na década de 20, como Ismael Nery, Cícero Dias e Oswaldo Goeldi.
A vanguarda artística da década de 30 também se encontra amplamente documentada na instituição, com vários trabalhos de Flávio de Carvalho (série Minha Mãe Morrendo), Cândido Portinari (Retrato de Paulo Rossi Osir), Antônio Gomide, Lívio Abramo, Clóvis Graciano, Aldo Bonadei, Francisco Rebolo, Mário Zanini, Alfredo Volpi e Manoel Martins. Reagindo à predominância da temática social imposta por Portinari e Graciano, encontram-se os integrantes do Núcleo Bernardelli, aqui representado por José Pancetti e Milton Dacosta. Fora do eixo Rio-São Paulo, destacam-se as obras de Alberto da Veiga Guignard e Maria Martins. No campo das artes gráficas, destacam-se Edith Behring e Renina Katz.

Amílcar de Castro (brasileiro, 1920-2002). Sem Título, 1985. Aço, 110.0 x 250.0 x 250.0 cm.
O período do pós-guerra torna-se um terreno fértil para o surgimento de novas experiências estilísticas e para a reconfiguração dos temas e objetos de análise no campo das artes visuais. A diversificação e a profusão de estilos e valores levam à incorporação de questionamentos bastante diversos das rupturas propostas pelos movimentos de vanguarda do período anterior. Esta tendência, iniciada na década de 50, torna-se mais evidente já no decênio seguinte. O abstracionismo mantém sua relevância como corrente estilística na arte contemporânea. Entre seus representantes, destacam-se, no acervo do MAC, Pierre Soulages, Luciano Minguzzi, Simon Beneton, Alfred Leslie e Jean Otth. A produção surrealista pós-moderna se faz presente nas obras de Joan Ponç, Eduardo Paolozzi, Alan Davie e, sobretudo, Antoni Tàpies (Ásia, 1951).
A pintura pós-abstrata tem em Frank Stella um de seus principais teóricos, presente na coleção com o grande painel The Foundling n#6. Representando o figurativismo pós-moderno, Arthur Osver se ocupará das críticas ao mundo contemporâneo. Victor Vasarely, historicamente ligado ao abstracionismo geométrico, faz as primeiras incursões sobre a Op Art (Chillan, 1951). Emilio Vedova, único nome italiano da Action Painting, também marca presença na coleção (Protesto dos Condenados de Sevilha). A sociedade de consumo e o cotidiano são temas que irão permear as obras de Claes Oldenburg, Robert Rauschenberg e Modest Cuixart, representantes da pop art.
A exploração de suportes diferenciados e a reestruturação do próprio conceito de arte levam os artistas contemporâneos a uma permanente experimentação de novas formulas estéticas. César Baldaccini dá continuidade aos estudos de ready made iniciados com o Dadaísmo na obra Expansão Controlada, e Jean Tinguely irá imprimir na sua produção os conceitos recém-formulados da Arte Cinética. Christo segue as tendências do novo realismo. Performances, instalações e a arte multimídia também ganham representatividade por meia das obras de David Salle, Krysztof Wodiczko, Chihiro Shimotani e Susumu Endo. Kenny Scharf destaca-se ao alçar o grafite à condição de arte (Cidade Grande). Merecem destaque ainda Sofu Teshigahara, com esculturas inspiradas na arte japonesa da ikebana; Antonio Segui, com obras figurativas de carga fortemente expressionista; os escultores León Ferrari e Eduardo Diaz Yepes; além de Joseph Beuys, Ricardo Martinez, Eduardo Villamizar, Roman Opalka, Nelson Ramos, Heiner Kielholz, Felipe Ehrenberg e Luiz Fernando Peláez.
Como decorrência da II Guerra Mundial, também no Brasil observa-se uma crescente internacionalização das tendências artísticas. O figurativismo e a temática regional, que haviam marcado a produção das décadas anteriores, abrem espaço para as tendências contemporâneas. Desta fase, destacam-se as obras dos abstracionistas Samson Flexor, Luiz Sacilotto, Hermelindo Fiaminghi, Waldemar Cordeiro, Willys de Castro, Hércules Barsotti e Lothar Charoux e dos neoconcretos Lygia Clark, Hélio Oiticica, Franz Weissmann e Amílcar de Castro.
A partir da V Bienal de São Paulo (1959), as tendências abstracionistas e neoconcretas passam a dividir o espaço artístico nacional com o tachismo, uma diluição do expressionismo abstrato norte-americano. Desta corrente, o MAC possui obras relevantes de Manabu Mabe (Equador nº 2), Tikashi Fukushima e Flávio Shiró. Dentre os grandes expoentes das artes gráficas no período, destacam-se Anna Letycia e Marcelo Grassmann.
Na década de 60, ao lado de tendências já estabelecidas, como o expressionismo abstrato e o concretismo – expressos no acervo do museu pelas obras de Iberê Camargo, Maria Leontina, Yolanda Mohalyi, Tomie Ohtake e Arcângelo Ianelli –, florescem outras correntes que buscam romper com as características convencionais da pintura de cavalete, como a Nova Objetividade (fortemente influenciada pela pop art norte-americana), dando origem aos happenings e assemblages. Dentro desse movimento, há várias obras de Nelson Leirner, Geraldo de Barros, Artur Barrio, Antônio Dias, José Roberto Aguilar, Cláudio Tozzi, Wesley Duke Lee, Cildo Meireles, Antonio Henrique Amaral, Tomoshige Kusuno e Anna Bella Geiger.
Na década seguinte, a arte brasileira radicalizaria as pesquisas em busca da liberdade expressiva e do tratamento de temas específicos do mundo contemporâneo. Em conseqüência disso, surgiria a arte conceitual, caracterizada pela realização de instalações, performances e videoarte. Destacam-se no período Luiz Alphonsus, Mario Cravo Neto, Iole de Freitas e Julio Plaza. Paralelamente, firmam-se no cenário nacional artistas que, mesmo operando com suportes tradicionais, radicalizam o sentido contemporâneo da obra e do fazer artístico, como José Resende, Carlos Fajardo, Waltércio Caldas, Luiz Paulo Baravelli, Mira Schendel, Ivald Granato.
A partir da década de 80, com o processo de restauração democrática no Brasil, inicia-se uma produção de caráter híbrido, trabalhando com elementos herdados da tradição moderna e aquisições obtidas através das pesquisas de linguagem. Destacam-se Jorge Guinle Filho, Daniel Senise, Ângelo Venosa, José Leonilson, Leda Catunda, Nuno Ramos, Carlito Carvalhosa e Marco Gianotti.


A Biblioteca do Museu de Arte Contemporânea da USP, fundada juntamente com o museu, recebeu, em sua criação, doado pela USP, o acervo de livros que pertencera ao pintor Paulo Rossi Osir. Em 1969, o Conselho Administrativo decidiu que a biblioteca teria o nome de Lourival Gomes Machado, homenageando um dos primeiros professores a ministrar cursos de História da Arte na USP. Em 1971, a então Biblioteca Lourival Gomes Machado foi cadastrada no Conselho Regional de Biblioteconomia – CRB/SP e em 1973 obteve cadastro no Instituto Nacional do Livro. Possui um acervo de aproximadamente 60.000 volumes entre livros, catálogos de exposições, periódicos, pastas de artistas, slides, vídeos e cartazes – abrangendo temas como artes plásticas, arquitetura, design, museologia, conservação, restauração, etc.


REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS


Comissão de Patrimônio Cultural da Universidade de São Paulo; Guia de Museus Brasileiros; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo / Editora da Universidade de São Paulo, 2000.


sexta-feira, 21 de setembro de 2007

SONHO

Quando eu estudava o ensino fundamental me identificava muito com algumas matérias que me incentivava a interessar mais a fundo sobre ela. História e Geografia era as principais matérias que gostava. Passei para o ensino médio conhecendo cada vez mais sobre os assuntos discutidos em sala de aula. A partir do 1ºano do ensino médio já tinha definido o que queria fazer e prestar vestibular, que naquela época era um assunto bastante discutido e todos alunos morriam de medo e eu estava incluído nisso. No colégio eu já tinha em mente e era um sonho cursar a faculdade de turismo na UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais que era o sonho dos meus pais. Descobri que no curso de turismo tinha matérias que eu gostava e me interessava muito como: transportes, agência, hotelaria, geografia e histórias do Brasil e da Arte. Quando terminei o ensino médio fui prestar vestibular na Federal, mas infelizmente não consegui alcançar os pontos de classificação. Então acabou o ano e lamentei não ter passado nem na primeira etapa. No ano seguinte entrei em um cursinho com objetivo de passar no vestibular da Federal em turismo novamente, mas desta vez eu me inscrevi em outras faculdades: Newton Paiva, Fumec,e FEAD. No final do ano de 2003 novamente fazendo prova de vestibular e desta vez foi uma maratona de provas. Na prova da federal não passei novamente, fiquei frustrado, mas passei na FEAD, Fumec e Newton Paiva. De qualquer maneira não iria deixar de estudar no ano de 2004 e decidi fazer o curso no Unicentro Newton Paiva que era muito bem conceituado. Entrando na faculdade realizei 50% do meu sonho. Fiquei muito alegre e empolgado com a chegada do 1º dia de aula. Quando recebi o cronograma não gostei por causa das matérias teóricas e não práticas, mas descobri que todo curso tinha matérias teóricas e chatas no início. Ao decorrer do curso comecei a levar a faculdade mais a sério e quando me toquei consegui fazer um estágio na INFRAERO. Depois de 2 anos de serviço, hoje estou empregado em uma Cia aérea e estou quase completando meu sonho por completo, no 8º período estou, o sonho de ser realizado eu tenho certeza que não é só meu, pois minha família vai sentir esse gosto de realização e será um sonho para todos.
Rodrigo Lopes

quinta-feira, 20 de setembro de 2007


Primeiro Salão Mineiro de Turismo

Operadoras de São Paulo e do Rio de Janeiro e empresas dos circuitos turísticos de Minas Gerais vão participar do Primeiro Salão Mineiro de Turismo. O objetivo do evento é impulsionar o desenvolvimento do setor no Estado. O salão será no Minascentro, em BH, nos dias 26 e 27 de setembro.Promovida pela Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais em parceria com o Sebrae Minas, a primeira edição do Salão será uma oportunidade para o Estado apresentar suas potencialidades para outros estados. “Queremos colocar Minas Gerais nas prateleiras das principais operadoras do turismo nacional e internacional e motivar os agentes a comercializarem os nossos roteiros para atraírem cada vez mais turistas”, conta a secretária de turismo do Estado, Érica Drumond.No dia 26 de setembro, 30 agências de receptivos irão negociar pacotes turísticos. As rodadas serão feitas através de encontros previamente agendados com cerca de 10 operadoras de São Paulo e Rio de Janeiro. “Será uma vitrine em que Minas irá mostrar o seu potencial turístico. Os empresários terão a oportunidade de estabelecer contatos que futuramente poderão gerar bons negócios”, explica o diretor-superintendente do Sebrae Minas, Afonso Maria Rocha.No mesmo dia haverá o lançamento do livro Resgate Cultural da Estrada Real. A publicação valoriza e preserva os ofícios e manifestações culturais de dez municípios que compõem a trilha da Estrada Real em Minas.

Programação:


Mais de 10 mil pessoas estão sendo esperados para o Salão. Os visitante poderão conhecer uma feira de produtos turísticos que será exposta durante o evento. O Salão terá uma Praça Gastronômica, com a mostra do Festival Comida di Buteco que reúne tradicionais bares da capital. Na Praça Cultural haverá apresentações da diversidade do artesanato e da cultura das regiões do Estado. No Espaço do Conhecimento serão realizadas palestras e workshops. Haverá também o lançamento a 5a edição do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor Juscelino Kubitschek. A iniciativa é um reconhecimento aos prefeitos que desenvolvem projetos de estímulo às micro e pequenas empresas em seu município. O Prêmio Prefeito Empreendedor é nacional e de comprovado sucesso em suas edições anteriores. Na última edição de 2005/2006 foram inscritos 685 projetos em todo o país.

Para participar do Salão Mineiro de Turismo, os empresários e profissionais do setor poderão se inscrever pelo site http://www.turismo.mg.gov.br/Serviço I Salão Mineiro de Turismo Dias 26 e 27 de setembro Minascentro – Belo Horizonte/MGInscrições no site http://www.turismo.mg.gov.br/Rodada de Negócios Dia 26 de setembro, das 14:00 às 18:00Sala EsmeraldaLançamento do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor Juscelino KubitschekDia 26 de setembro, das 14:00 às 17:00Auditório GranadaLançamento do livro Resgate Cultural da Estrada RealDia 26 de setembro, às 18:00Estande Estrada Real

Autor: Sebrae – MG
Data: 12/09/07

ANÁLISE DA REPORTAGEM:

O Salão Mineiro de Turismo vai trazer muitos benefícios para Minas Gerais, principalmente em termos de divulgação de seus produtos. Diversos roteiros incluindo gastronomia, cultura, artesanato, arte, meio-ambiente, Minas é uma região que dispões de potencial turístico, mas não tem o devido valor. Com esse evento, o ‘boom’ do turismo mineiro tem grandes chances de se expandir, mas pra isso é preciso de uma conscientização a nível estadual, para que todas as comunidades receptoras estejam preparadas, com infra-estrutura adequada para suportar os turistas.

PROPOSTA:

Um programa de conscientização de carácter estadual, para que não falhe a responsabilidade da atividade turística no nosso estado, deixando a desejar em termos de hotéis, infra-estrutura básica, transportes dentre outros serviços prestados pelo turismo.

http://www.gestour.com.br/webengine/servlet/Controller?command=gestour&modulo=noticias&id=

Passeio apresenta a turista vilarejos quase isolados
Nos Lençóis Maranhenses, comunidades sem energia elétrica nem água encanada recebem visitantes

Esqueça as comodidades da vida nas cidades grandes. Nos dois vilarejos que existem nos 155 mil hectares do Parque dos Lençóis Maranhenses, não há computador, e o celular não dá sinal. Mas isso não é nada: lá também não há água encanada, luz elétrica nem rede de esgoto.E é bom que você não tenha problemas para dormir em redes, porque não vai encontrar nada parecido com uma cama.Apesar da precariedade da hospedagem, ir às comunidades de pescadores é um dos passeios mais interessantes e menos divulgados da região.Agências e algumas operadoras locais levam turistas para pernoitar nos oásis de Queimada dos Britos ou Baixa Grande. O passeio pode começar em Santo Amaro e terminar em Barreirinhas ou ter ida e volta por Barreirinhas. As duas cidades têm bons hotéis e pousadas.O trajeto até os Lençóis Maranhenses é feito em 4x4 e dura cerca de 40 minutos. A partir da entrada do parque, só é possível continuar a pé.A caminhada é puxada e consome de cinco a seis horas, tempo de sobra para se banhar nas várias lagoas transparentes. O vento engana os desavisados que se aventuram a andar sem protetor solar: a região tem temperatura média de 26C, índice que pode subir facilmente a partir de julho, quando começa o verão local (para os maranhenses, só há duas estações no ano: o inverno, que é a época das chuvas e dura todo o primeiro semestre, e o verão, no segundo semestre).Apesar de o sol ser forte, a areia branca é gelada, e dá para caminhar sem se preocupar com bolhas nos pés. Céu aberto é garantia de boas fotos.Os dois oásis ficam distantes três horas de caminhada um do outro. Queimada dos Britos tem oito moradores, divididos em três casas simples, feitas de madeira e palha. São filhos ou netos de Manuel Brito, um cearense que chegou ao local há cerca de 50 anos. Baixa Grande é um pouco maior, com cerca de 25 pessoas oriundas de Atins, povoado às margens do rio Preguiças. Nos dois oásis, todos vivem da pesca e da criação de bodes, galinhas e vacas.O isolamento dessas comunidades só é rompido quando falta sal ou fósforos, e um dos moradores é designado para ir à cidade buscar esses itens. Vai e volta no mesmo dia. A pé.Após um jantar preparado pelos próprios pescadores -quase sempre uma refeição com muito peixe ou frango- um dedo de prosa antes de ir dormir. No dia seguinte, depois de um café da manhã bem simples, começa a viagem de volta à civilização -com direito a celular, computador, trânsito... (CC)

ANÁLISE DA REPORTAGEM:


A reportagem enfoca bem essa troca cultural que o turismo proporciona. Neste caso específico, que não é preciso tanta sofisticação para se levar a vida, e atualmente muitos turistas estrangeiros vem para o Brasil para conhecer essa realidade que muitos acham que no mundo hoje não existe mais. Esse fato se repete não só no Nordeste, mas também na região Sudeste, mais preciso no Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas, com o Turismo Solidário onde o turista conhece os atrativos naturais e culturais dessa região carente e também o Turismo Sertanejo que envolve as regiões interioranas do Brasil enfocando nessa integração do meio ambiente e suas relações enfatizando a valorização da identidade regional e na melhoria das condições de vida de um local. São novas formas de turismo que esta tendo o seu lugar no espaço e cada vez mais procura. Mas é contraditório dizer isso, sendo que para se desenvolver a atividade turística é necessário o mínimo de infra-estrutura básica, e nesses oásis no Maranhão, nem um tratamento de esgoto eles possuem.

PROPOSTA:

Uma proposta seria, unir o poder público e privado local para buscar soluções básicas para esses moradores, dando a eles pelo menos o saneamento básico, para evitar doenças já que a população é somente de famílias, pois dessa forma eles teriam melhores condições de vida e de poder continuar com mais tranquilidade essa história que é chamariz de novas culturas para o turismo.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2009200715.htm



Natal é ponto de partida para viajantes
Capital do Rio Grande do Norte recebe por ano cerca de 2 milhões de visitantes buscando praias e recifes.


ALEXANDRE NOBESCHI

Uma brisa constante ajuda a amenizar os efeitos do clima abafado de Natal, capital do Rio Grande do Norte. A cidade, entre tantos apelidos, é conhecida como o lugar "onde o vento faz a curva". Faz sentido.Natal é a última capital nordestina antes da "esquina" rumo ao Norte do país. Mas na capital potiguar não se vive só de brisa. Na verdade, uma boa parte da população se dedica ao turismo. Dos mais de 750 mil habitantes, cerca de 140 mil estão no setor, de acordo com dados da prefeitura.Faz sentido também contar com esse contingente para atender os aproximadamente 2 milhões de turistas que visitam a cidade anualmente atrás das belezas naturais da orla.Banhada por águas verdes e mornas, Natal é dividida em cinco praias: Ponta Negra, Areia Preta, dos Artistas, do Meio e do Forte.Mais ao sul, Ponta Negra se destaca pela noite agitada, recheada de bares descolados, e pelo morro do Careca, um dos pontos turísticos que mais evocam o orgulho dos natalenses.Formado por dunas e com cerca de 120 metros, o morro tem uma faixa de areia no meio da vegetação. Por ser um patrimônio natural da cidade que exige conservação, não é mais possível acessar o local.Na praia dos Artistas, na região central, piscinas naturais se formam entre a areia e uma barreira de recifes. A praia do Forte leva a fama devido à fortaleza dos Reis Magos. Em forma de estrela, o monumento proporciona ao visitante uma visão panorâmica da cidade.As praias de Areia Preta e do Meio não são tão famosas quanto as outras, mas não ficam para trás no quesito visual. Além da natureza privilegiada e da diversidade nos serviços, Natal funciona como uma espécie de ponto de saída para outras praias do litoral potiguar. Em um mesmo dia é possível visitar boa parte da região norte do Estado e voltar à capital no começo da noite.Os passeios podem ser feitos de buggy e seguem um roteiro com boas opções de lazer.Passa-se por dunas, por praias quase desertas e por lagoas cercadas de areia por todos os lados até chegar à região que guarda os parrachos, recifes de corais a 7 km da praia, onde o turista pode mergulhar.Rumo às praias do sul do Estado está o maior o cajueiro do mundo, com 8.400 m 2 (23 vezes uma quadra de basquete). A árvore ganhou proporção abissal devido a duas anomalias genéticas. Uma a fez crescer para o lado, e não só para cima. A outra é que os galhos, ao tocarem o solo, criam raízes e começam a se espalhar como se fossem uma nova árvore.É para esse lado também que está a Barra de Tabatinga e o Mirante dos Golfinhos. Mais adiante, quase na divisa com a Paraíba, aporta-se à praia da Pipa, freqüentada por jovens de várias partes do mundo.

ANÁLISE DA REPORTAGEM:

A reportagem enfoca o turismo na região nordeste e todas suas belezas naturais, em específico a cidade de Natal- Rio Grande do Norte. É importante lembrar que, o turismo é uma atividade que envolve todo esse potencial e para que seja uma atividade saudável, é necessário que haja a conscientização e preservação dos atrativos; como mostra o cuidado da população local com o Morro do Careca. Percebe-se que a atividade turística é desenvolvida de uma forma consciente pelos natalenses, e estes tem a visão do turismo não somente como uma fonte geradora de renda, mas de uma forma que visa às gerações futuras.
Por ser considerada um ponto de partida para viajantes, tendo em vista conhecer outros pontos turísticos, a atividade econômica não fica centrada apenas em uma localidade e, sendo assim, a distribuição de renda tem um maior dinamismo e repercussão em maior escala.

Proposta:

Uma proposta a ser feita, seria a maior utilização de transporte hidroviário de baixo porte, pois o impacto gerado não seria tão grande em relação aos buggys que por onde passam causam um impacto maior (tanto na vegetação como no ar). Poderiam ser considerados ‘mini-cruzeiros’, onde o turista pagaria por um pacote com um dia ou mais dias de hospedagem (em terra) em cada lugar visitado, assim, teriam mais tempo para conhecer o lugar e ter uma integração maior com a comunidade local provocando as trocas culturais entre turista e nativo. Além disso, Natal não se refere apenas ao litoral, deveria dar um enfoque ao seu centro histórico onde sua rica arquitetura também merece destaque.

Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2009200702.htm