A área educacional tem se consolidado dentro dos museus, o que inclui o fortalecimento de parcerias, principalmente junto a secretarias da Educação e instituições escolares
Daniel Chiozzini
A educação patrimonial tem aumentado sua importância junto aos museus. Prova disso é que os setores educacionais começam a ganhar importância e, em muitos casos, não estão mais subordinados aos outros setores dessas instituições, mas sim desevolvendo trabalhos integrados. Além disso, a ação educativa ganhou amplitude e tem extrapolado o âmbito interno das instituições, envolvendo cursos de formação e parcerias com outras instituições, principalmente ligadas à educação formal. Alguns exemplos que permitem visualizar essas mudanças estão o Museu Lasar Segall, em São Paulo; o Museu Villa Lobos, no Rio de Janeiro; o Museu Imperial, em Petrópolis; e o Museu Afro-brasileiro, em Salvador. Outra característica que perpassa as atividades desenvolvidas por essas instituições é a preocupação com a qualidade das atividades e a formação do visitante.
A primeira consequência deste processo está, em maior ou menor escala, no foco voltado para o público escolar. No caso do Museu Lasar Segall, em São Paulo, esta ênfase foi potencializada por uma parceria com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Daí surgiu o projeto denominado “Traços e Passos”, atendeu 212 professores ligados às Diretorias de Ensino de Caieiras e Diadema, na grande São Paulo.
O trabalho foi iniciado em Agosto deste ano, com um curso introdutório de capacitação que levou os professores a terem contato com princípios teóricos da apreciação estética, além de exercícios práticos de pintura no ateliê do museu. O curso também forneceu elementos para os professores trabalharem em sala de aula com um material didático produzido pela equipe do museu, que foi ampliado e atualizado em função do projeto. Em seguida, os professores optaram por um dos roteiros disponíveis de visitação ao museu a ser percorrido pelos seus alunos, retornaram às salas de aula e, após uma preparação prévia, retornaram com os alunos ao museu. O resultado foi a visita de cerca de 4.000 alunos do ensino médio ao museu, até o mês de Novembro, em diferentes períodos. Segundo Anny Christina Lima,coordenadora da área de Ação Educativa do Museu Lasar Segall, os horários dos funcionários do museu tiveram que ser reordenados, pois foram atendidos alunos inclusive no período noturno.
Lima também afirma que o compromisso com a qualidade das visitações e com a manutenção da estrutura do museu esteve presente desde o início do projeto: “Nossa preocupação sempre foi manter a qualidade e não uma ampliação massiva de público”, afirma. Tal princípio, segundo ela, é característico todas as atividades do museu, independentemente do projeto “Traços e Passos”. Ela afirma que os cursos de formação oferecidos aos professores que pretendem levar seus alunos ao museu fazem parte da rotina da instituição. “Temos seis módulos diferentes no curso para os professores, com diferentes graus de aprofundamento”, esclarece. Caso o professor não possa frequentar os cursos e queira levar seus alunos ao museu, deve visitá-lo anteriormente, retirar um exemplar do material didático para trabalho em sala de aula e realizar uma entrevista prévia com a equipe do museu para planejar a visita. Posteriormente, a visita com os alunos, que dura cerca de duas horas, envolve uma palestra introdutória, a visitação ao acervo e atividades artísticas no ateliê. Na sala de exposição, o educador se atem a uma análise mais pormenorizada de duas obras do artista, procurando fomentar uma leitura mais reflexiva e aprofundada do público. No “arte em família”, projeto voltado para a visitação de grupos familiares, durante o terceiro sábado de cada mês, a mesma dinâmica é mantida. O enfoque qualitativo também se revela na opção do museu de não manter visitas monitoradas convencionais.
O “traços e passos” foi concluído em Dezembro, com a realização de um seminário em que foram apresentados painéis e comunicações de alguns dos projetos desenvolvidos pelos professores a partir das visitações ao museu. Na ocasião, os trabalhos foram discutidos e debatidos com duas pesquisadoras da área.
Um embasamento teórico também aparece como um dos pilares das atividades educacionais bem sucedidas em museus. No caso do Museu Lasar Segall, além dos cursos que o museu promove e do seminário recentemente realizado, Anny Lima enfatiza o nome de alguns dos teóricos que fundamentam a proposta educacional do museu, como Abigail Housen, Robert Ott e Ana Mae Barbosa, reforçando também o papel da instituição como um espaço de pesquisa e articulação entre teoria e prática. Tal situação também pode ser visualizada no Museu Imperial, em Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro. Segundo Regina de Castro Resende, chefe do Centro de Educação Patrimonial da instituição, as atividades desenvolvidas no museu estão enraizadas nas diretrizes pedagógicas consolidadas em um seminário realizado no prórprio museu, intitulado “Uso Educacional de Museus e Monumentos”, em 1983: “A expressão educação patrimonial foi, então, lançada pela primeira vez no Brasil, e seus princípios passaram a orientar as ações educativas no Museu Imperial, bem como as ações de outros profissionais responsáveis pela preservação, identificação e valorização do Patrimônio Cultural em nosso país.”, afirma Resende.
A partir dessa definição conceitual, o Museu Imperial tem desenvolvido atividades que dêem sentido ao acervo e buscando gerar questionamentos que levem os alunos a terem uma compreensão mais clara de si mesmos dentro de um contexto histórico-temporal. “Um aspecto pedagógico importante que destaco neste trabalho é a abertura para ouvirmos as experiências trazidas pelo público, seja ele de crianças ou adultos. A interação presente na troca de experiências entre o público e a equipe educacional do museu gera o enriquecimento da experiência de conhecimento”, afirma Resende.
O Museu Imperial desenvolve, segundo estes princípios, três tipos de atividades. A primeira delas é o projeto “D. Ratão”, voltado para alunos da educação infantil e educação especial (surdos e mudos), que obedece uma metodologia desenvolvida na própria instituição pela museóloga Maria de Lourdes Parreiras Horta, na qual o público é introduzido ao ambiente do museu por meio de um teatro de fantoches. A segunda é o “sarau imperial”, voltado para alunos da 4a. a 8a. Séries do Ensino Fundamental envolvendo uma dramatização interativa e músicas de época. A terceira é a “visita orientada”, voltada para grupos escolares e outros mais heterogêneos de até 25 pessoas, onde o público tem contato direto com o museu e seu acervo.
Mas a definição de princípios e teorias que embasem a ação educativa e as demais atividades museológicas não é algo simples, considerando que, muitas, vezes a equipe da área educativa não possui autonomia dentro dos museus, estando subordinada à outras, ou mesmo integrando-se de maneira precária. Resende afirma que a queixa é mencionada em encontros com colegas de outras instituições, mas não condiz com a realidade do Museu Imperial: “os técnicos de todos os setores atuam de forma a colaborar com projetos educativos desenvolvidos na instituição, tendo uma visão clara da sua importância”, afirma.
Segundo Resende, um fator que interfere fortemente no desempenho das ações educativas e nessa colaboração mencionada é o apoio da Direção do Museu, constatação também feita por Anny Lima, coordenadora do Museu Lasar Segall, e por Márcia Ladeira, da equipe de educação do Museu Villa Lobos, no Rio de Janeiro.
O caso do Museu Villa Lobos apresenta uma particularidade: o de desenvolver atividades baseadas na proposta de educação defendida pelo próprio maestro que dá nome ao museu, que pressupunha a utilização da música. Nas palavras da equipe educacional do museu, trata-se de proporcionar "a formação de uma consciência musical brasileira, promovendo a valorização das variadas formas de expressão da nossa cultura musical, trabalhando, de forma crítica, questões relativas à nossa identidade cultural". Entre as principais atividades que o museu desenvolve estão os “miniconcertos didáticos”, que são recitais didáticos orientados pelos técnicos do museu, na qual jovens instrumentistas em fase de profissionalização, selecionados via concurso, levam a música de Villa Lobos e de outros compositores a estudantes da rede pública e particular.
Apesar de realizados apenas dentro do museu, os mini-concertos já chegaram a se integrar outros projetos e, assim, ganhar amplitude. Em 1989, o museu desenvolveu o projeto “Escolinha de Música do Morro Santa Marta”, em Botafogo, favela situada a algumas quadras do prédio do museu. Daí surgiu uma experiência inovadora: jovens oriundos do projeto social foram encaminhados para o estudo profissionalizante em música e, em seguida, preparados para participar dos recitais didáticos.
A experiência da “Escolinha de Música do Santa Marta” - que era financiada pela extinta Legião Brasileira de Assistência (LBA) - foi interrompida em 1991, por falta de verbas. Segundo Márcia Ladeira, quando há mudanças na área de políticas públicas, o que inclui trocas na direção de uma escola ou nas secretarias da Educação, por exemplo, existe o risco de um trabalho terminar antes do previsto, como foi o caso deste projeto do Santa Marta. A educadora entende, porém, que os jovens deram continuidade ao processo ali iniciado, realizando trabalhos voluntários em sua comunidade, enquanto continuavam a participar dos Projetos do Museu: “Entendo que, fechando o ciclo do processo pedagógico, esses jovens dedicam-se a outros projetos sociais e, em efeito multiplicador, continuam a disseminar as idéias de Villa-Lobos”, conclui.
O museu, que também possui um acervo histórico e uma biblioteca para pesquisa, deve lançar em breve uma publicação com a memória dos 20 anos do projeto dos mini-concertos didáticos, apresentando a metodologia utilizada, os processos pedagógicos e os resultados alcançados.
O Museu Afro-Brasileiro da Universidade Federal da Bahia, de Salvador, também tem construído projetos em parceria com órgãos e instituições que respondem a demandas sociais, porém também destacam-se os associados à educação formal. É o caso do “Projeto de Ação Pedagógica e Capacitação de Jovens Monitores”, que envolveu a Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Visando contribuir com a implementação da Lei 10.639/03, que determina a inclusão da história e culturas africanas e afro-brasileiras no currículo escolar, o museu lançou, no último da 7 de Dezembro, um material didático que abordam a temática a partir de objetos do acervo da instituição. Paralelamente, o museu formou doze jovens negros para trabalharem como monitores e realizou encontros de formação com professores da rede municipal. Segundo a assessoria de imprensa do museu, o projeto foi financiado com recursos obtidos através de uma emenda parlamentar que assegura recursos para implementação da lei.
Sobre a grande incidência de parcerias com órgãos ligados à educação formal, nota-se que os mesmos são uma das fontes mais imediatas para viabilizar recursos para atividades educacionais dos museus, seja ela circunscrita uma visitação, ou projetos mais extensos. Deste modo, os museus acabam tendo como um dos seus principais focos, o público escolar.
Fonte: http://www.revista.iphan.gov.br/materia.php?id=134
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Turismo Cultural e Educação Patrimonial mais próximos
Iniciativas recentes começam a abrir as portas a duas áreas que têm potencial para crescerem juntas
Daniel Chiozzini
Segundo uma pesquisa feita a pedido do Ministério do Turismo, o turismo cultural aparece em terceiro lugar nas preferências daqueles que viajam pelo Brasil, só perdendo para o ecoturismo e para o turismo de aventura. Já a educação patrimonial vem ganhando destaque nas discussões sobre patrimônio histórico e também encontra um campo fértil dentro do turismo cultural. Um indício de que um crescimento mútuo pode estar começando é um intercâmbio crescente entre algumas instituições e órgãos que trabalham com as duas áreas, como o Iphan e o Ministério do Turismo, e o surgimento de alguns projetos precursores, como na cidade de São Luís do Maranhão e São João del Rei.
Mas qual seria definição exata de turismo cultural e até onde, teoricamente, ele está associado a educação patrimonial? Segundo Gabriela Nicolau dos Santos, professora do curso de turismo da Faculdade de Sergipe (FaSe), a prática do indivíduo deslocar-se de um local para outro motivado pela vontade e necessidade de enriquecimento cultural já existia em sociedades passadas, como por exemplo na Inglaterra, após a Idade Média: “Realizar essas viagens conferia para os que se aventuravam status e reconhecimento, uma vez que, tendo viajado por cerca de aproximadamente 3 anos (tempo de duração do chamado Grand Tour), esses nobres adquiriam conhecimentos sobre lugares por onde haviam passado e seus respectivos povos, que os tornavam, após a viagem, aptos para assumir importantes papéis em seu local de origem”, afirma.
A pesquisadora esclarece que, embora esse tipo de deslocamento não fosse denominado “turismo”, já anunciava o que viria a se tornar um fenômeno recente: “Hoje chamamos de turismo cultural esse tipo específico de viagem, intimamente associado à educação patrimonial”, esclarece. No entanto, ainda existe um caminho a ser percorrido: “A capacidade de “ensinar” ao viajante, traduzindo e esclarecendo informações relacionadas com a história do lugar, fazendo com que o patrimônio deixe de ser objeto de mera contemplação e passe a ser um meio de conhecer sua própria cultura e identidade, é o desafio de parte dos profissionais que trabalham com o turismo”, afirma Gabriela dos Santos.
Carolina Juliani de Campos, consultora do Ministério do Turismo (Mtur), também acrescenta que o turismo cultural é uma via de valorização do patrimônio: “Além de proporcionar o conhecimento e o respeito ao patrimônio, já que só preservamos aquilo que conhecemos, cria-se a possibilidade de uma sustentabilidade econômica para preservação dos bens em questão, por meio de taxas pagas pelos turistas visitantes”, afirma.
A consultora também afirma que o terceiro lugar atingido pelo turismo cultural na pesquisa encomendada pelo Ministério do Turismo revela que esse segmento apresenta um grande potencial de crescimento, pois existe uma demanda concreta, mesmo considerando as carências existentes: “apesar de existirem poucos serviços oferecidos na área de turismo cultural e também não existam grandes associações daqueles que trabalham nesse segmento, o interesse demonstrado pela pesquisa indica que ainda temos muito a crescer”, afirma.
Campos menciona alguns passos significativos que já foram dados, em 2005, para incentivar a consolidação do turismo cultural no país, como a elaboração de três documentos: “Marcos conceituais dos segmentos de turismo”, “Diretrizes para desenvolvimento do turismo cultural” e “Orientações básicas para para o desenvolvimento de roteiros ou produtos de turismo cultural”. Os dois primeiros estão previstos para serem lançados durante o Salão de Turismo, que ocorrerá de 2 a 6 de junho de 2006, em São Paulo. No entanto, os “Marcos conceituais” já estão a disposição dos estados para orientar o desenvolvimento de roteiros de turismo específicos. Já as “Orientações básicas” estarão disponíveis a partir de janeiro de 2006.
A relevância deste material, segundo Carolina de Campos, está no fato de servir de referência para as políticas do setor: “a definição oficial de qual é o conceito de turismo cultural adotado pelo país é importante para todos aqueles que desejam promover esta atividade respeitem suas particularidades”, diz. Campos também esclarece que não trata-se de um receituário a ser seguido, mas grandes linha norteadoras que visam ordenar a atividade, levando em consideração a legislação pertinente à área cultural, a capacidade de suporte do bem cultural para visitação, as estratégias de promoção da informação e comunicação entre os atores envolvidos, capacitação de pessoal, envolvimento da comunidade, promoção e comercialização turística, entre outros aspectos. Nas “Orientações básicas”, por exemplo, aparece como princípio a conciliação da sustentabilidade econômica com a preservação. “É importante na medida em que colocamos uma visão de mercado, mas com grande preocupação nas questões patrimoniais, na estruturação das visitações, na importância da interpretação patrimonial como via de educação e de atração entre o turista e o bem cultural”, conclui.
Outro dado que Campos faz questão de ressaltar é que a elaboração destes documentos também é resultado do trabalho de um grupo técnico temático de turismo cultural do Ministério do Turismo, criado no final de 2003. Composto de representantes de várias organizações e instituições da área de turismo, o grupo tem como objetivo estruturar o setor, levando em consideração o patrimônio material e imaterial existente no Brasil.
Um dos órgãos que participa deste grupo técnico é o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Segundo João Tadeu Gonçalves, gerente de educação e educação patrimonial do instituto, a participação do órgão se justifica pelas contribuições que o turismo pode dar na preservação do patrimônio: “A partir do momento em que os gestores de turismo estiverem plenamente convencidos da importância da preservação do patrimônio cultural, os projetos de uso turístico dos bens trarão em seu bojo, gradativamente, a preocupação não só com a sua manutenção, como também de difundir junto ao usuário os conceitos de preservação, num processo educativo”, afirma. Tadeu também cita o grupo técnico como o espaço onde foram desenvolvidas parcerias entre o Iphan e os ministérios do Meio Ambiente e do Turismo, além de um planejamento comum no que se refere a definição de destinos turísticos e projetos de usufruto dos bens patrimoniais pelo turismo.
Um exemplo concreto deste planejamento conjunto, citado tanto por João Tadeu Gonçalves como por Carolina de Campos, é uma reunião ocorrida nos dias 5 e 6 de dezembro de 2005, com membros dos ministérios da Cultura, do Turismo e da Educação, juntamente com representantes destas áreas no plano estadual e municipal, além das universidades federal e estadual do Maranhão. Segundo Gonçalves, o evento culminou com a constituição um grupo de trabalho encarregado de elaborar um projeto para a atuação integrada destes parceiros em uma ação a ser desenvolvida junto ao ensino fundamental da rede escolar de São Luís do Maranhão, enfocando o patrimônio cultural, ambiental e seu potencial turístico. “Este projeto deverá estar concluído, inclusive com material didático e capacitação de multiplicadores, ainda em 2006, estando prevista a sua implementação junto aos alunos a partir do 1º semestre de 2007”, afirma.
Ele ainda menciona que a intenção é que experiência sirva de referência para projetos futuros em outras regiões do país. “Pretende-se, com esse piloto, encontrar uma formatação a ser posteriormente implantada em outros pontos do país”, diz. Para Campos, a expectativa também é grande: “Esperamos que o projeto possa subsidiar uma futura política nacional de educação patrimonial”.
É importante mencionar que, em alguns municípios e estados, algumas iniciativas também já avançaram nesta aproximação entre educação patrimonial e turismo cultural. Segundo Gabriela Nicolau dos Santos, a cidade de São João del Rei é um bom exemplo. A cidade inseriu no seu plano diretor ações de contemplam o turismo e a valorização do patrimônio: “São ações voltadas para a sensibilização da comunidade local, que deve ser a primeira a saber de sua história, a importância de seus bens patrimoniais, tanto para valorização de sua identidade, quanto para seu possível uso comercial”, afirma.
Um ponto-chave para que essas ações sejam bem sucedidas, segundo Santos, é a formação e a capacitação profissional, principalmente em áreas onde já existe uma demanda turística, como São João del Rei: “A formação e capacitação profissional nos vários níveis de atuação e áreas de especialização atende à demanda de mão-de-obra gerada a partir da expansão do mercado do turismo”, afirma.
Nesse sentido, ela também destaca o crescimento recente de cursos de pós-graduação voltados para este segmento, em especial alguns que oferecem instrumentos para que turismo e educação patrimonial se aproximem cada vez mais: “O curso de mestrado em Cultura e Turismo, oferecido pela Universidade Federal da Bahia (UFBa), assim como os programas de especialização em patrimônio promovidos por instituições como Iphan e Unesco, são, certamente, grandes promessas de habilitação e capacitação de uma equipe de pesquisadores e de mão-de-obra especializada preocupada em trabalhar conjuntamente a relação – complexa - entre turismo e educação patrimonial”, conclui.
Fonte:http://www.revista.iphan.gov.br/materia.php?id=147
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Museu de Pré-história realiza atividades de educação patrimonial e ambiental
Com um ano de existência, o Museu de Pré-História - Casa Dom Aquino realizou durante o ano de 2007 o projeto Conhecer para Preservar, em que estudantes dos ensinos fundamental, médio e superior de mais de 20 instituições públicas e privadas participaram de atividades ligadas à educação patrimonial e ambiental. Em setembro, a Primavera dos Museus, promovida pelo Departamento de Museus, do Ministério da Cultura (Demu-MinC), foi o evento catalisador do repasse de conhecimentos na instituição e por meio de oficinas colaborou para a conscientização quanto à importância dos bens histórico-culturais. “Conhecer para Preservar” é o nome de um projeto piloto de práticas de educação patrimonial com ênfase na valorização dos bens culturais e na preservação ambiental. A Casa Dom Aquino trabalha com agendamento de visitas e para as turmas agendadas é aplicado um roteiro de ações que engloba palestra, vídeo educativo e visita guiada. Neste ano, cerca de 2.500 visitantes, em sua maioria estudantes, puderam entrar em contato com o acervo de arqueologia e paleontologia do Estado constituído a partir das pesquisas realizadas pelo Instituto de Ecossistemas e Populações Tradicionais (Eccoss). O acervo do museu também tem sido objeto de pesquisas acadêmicas principalmente para cursandos de Geologia.
PARCERIAS
O Eccoss mantêm convênio com a Secretaria de Estado de Cultura (SEC) há mais de 10 anos e, inicialmente, a Casa Dom Aquino era um campo de pesquisas arqueológicas da ONG. O material exposto e em reserva técnica em grande parte é fruto de pesquisas realizadas pelo instituto. Através de pesquisas do Instituto de Populações Tradicionais (ECOSS) e da Fundação de Amparo a Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat), foram localizadas ruínas de um Engenho do final do sec.XVIII, que constitui importante sítio arqueológico, nas proximidades do Complexo de Cachoeiras da Martinha tombado pela SEC no inicio deste ano.
PRIMAVERA DOS MUSEUS
Segundo estimativa da Coordenação de Patrimônio da SEC, existem 34 museus mapeados em Mato Grosso, dado que foi enviado para Júlio Rocha Museu de Pré-História abriga acervos arqueológicos e já recebeu mais de 2,5 mil visitantes o Sistema Brasileiro de Museus. Além da Casa Dom Aquino, um museu em Rosário Oeste e outro em Cáceres participaram da primeira
“Primavera dos Museus” que trabalhou o tema Meio Ambiente: Museu, história e vida.Este foi o primeiro ano que o Demu – MinC coordenou esta ação envolvendo instituições museológicas de todo o país. Nos dias 22 e 23 de setembro, foram ministradas oficinas de cerâmica arqueológica, papel reciclado e técnicas de manejo da orquídea. Na oficina de cerâmica arqueológica o foco foi a reconstituição de vasilhames arqueológicos através de análises de fragmentos cerâmicos provenientes do sítio arqueológico Culuene I, situado nas cabeceiras do Xingu. O curso foi ministrado por ceramistas da cidade de General Carneiro, próximo de Barra do Graças. As técnicas de reciclagem de papel e confecção de cestas, mural e outros objetos foram ensinados pela equipe de Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente de Várzea Grande, que fará a doação do material. E as orientações a cerca do cultivo de orquídeas foram dadas por Silvana Hirooka. Os participantes da Primavera dos Museus compartilharam ainda de um bate-papo sobre “Meio Ambiente: Museu, Memória e Vida”, com a coordenadora de Patrimônio Histórico da Secretaria de Estado de Cultura, Maria Antúlia Leventi. Assistiram um documentário sobre aquecimento global, conheceram as peças expostas no museu e visitaram as margens do rio Cuiabá para verem de perto as conseqüências da poluição dos recursos hídricos.
Autor: Raquel Ferreira
Análise da reportagem:
Um museo de pré hitória com apenas 1 ano de existência já fez e publicou projeto para educar alunos de ensino médio e superior. É de muito apreço valorizar um projeto a este nível pelo que nós vemos em nossa outras cidades históricas e Belo Horizonte. Temos uma riqueza de história e patrimônios principalmente dentro da Avenida do Contorno e alguns patrimônios utilizamos para outros fins. Precisamos de incentivo e parcerias que façam com que nossos jovens adquiram conhecimento suficiente para lembrar o quanto é importante os bens históricos de nossa cidade e outras do Brasil. Podemos fazer isso acontecer junto aos órgãos competentes para educar ou reeducar nossa população.
Fonte: http://www.gazetadigital.com.br/digital.php?codigo=58211&GED=5867&GEDDATA=2007-11-19&UGID=0fa2bec87e0fd890d2898e3d58747d86
PARCERIAS
O Eccoss mantêm convênio com a Secretaria de Estado de Cultura (SEC) há mais de 10 anos e, inicialmente, a Casa Dom Aquino era um campo de pesquisas arqueológicas da ONG. O material exposto e em reserva técnica em grande parte é fruto de pesquisas realizadas pelo instituto. Através de pesquisas do Instituto de Populações Tradicionais (ECOSS) e da Fundação de Amparo a Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat), foram localizadas ruínas de um Engenho do final do sec.XVIII, que constitui importante sítio arqueológico, nas proximidades do Complexo de Cachoeiras da Martinha tombado pela SEC no inicio deste ano.
PRIMAVERA DOS MUSEUS
Segundo estimativa da Coordenação de Patrimônio da SEC, existem 34 museus mapeados em Mato Grosso, dado que foi enviado para Júlio Rocha Museu de Pré-História abriga acervos arqueológicos e já recebeu mais de 2,5 mil visitantes o Sistema Brasileiro de Museus. Além da Casa Dom Aquino, um museu em Rosário Oeste e outro em Cáceres participaram da primeira
“Primavera dos Museus” que trabalhou o tema Meio Ambiente: Museu, história e vida.Este foi o primeiro ano que o Demu – MinC coordenou esta ação envolvendo instituições museológicas de todo o país. Nos dias 22 e 23 de setembro, foram ministradas oficinas de cerâmica arqueológica, papel reciclado e técnicas de manejo da orquídea. Na oficina de cerâmica arqueológica o foco foi a reconstituição de vasilhames arqueológicos através de análises de fragmentos cerâmicos provenientes do sítio arqueológico Culuene I, situado nas cabeceiras do Xingu. O curso foi ministrado por ceramistas da cidade de General Carneiro, próximo de Barra do Graças. As técnicas de reciclagem de papel e confecção de cestas, mural e outros objetos foram ensinados pela equipe de Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente de Várzea Grande, que fará a doação do material. E as orientações a cerca do cultivo de orquídeas foram dadas por Silvana Hirooka. Os participantes da Primavera dos Museus compartilharam ainda de um bate-papo sobre “Meio Ambiente: Museu, Memória e Vida”, com a coordenadora de Patrimônio Histórico da Secretaria de Estado de Cultura, Maria Antúlia Leventi. Assistiram um documentário sobre aquecimento global, conheceram as peças expostas no museu e visitaram as margens do rio Cuiabá para verem de perto as conseqüências da poluição dos recursos hídricos.
Autor: Raquel Ferreira
Análise da reportagem:
Um museo de pré hitória com apenas 1 ano de existência já fez e publicou projeto para educar alunos de ensino médio e superior. É de muito apreço valorizar um projeto a este nível pelo que nós vemos em nossa outras cidades históricas e Belo Horizonte. Temos uma riqueza de história e patrimônios principalmente dentro da Avenida do Contorno e alguns patrimônios utilizamos para outros fins. Precisamos de incentivo e parcerias que façam com que nossos jovens adquiram conhecimento suficiente para lembrar o quanto é importante os bens históricos de nossa cidade e outras do Brasil. Podemos fazer isso acontecer junto aos órgãos competentes para educar ou reeducar nossa população.
Fonte: http://www.gazetadigital.com.br/digital.php?codigo=58211&GED=5867&GEDDATA=2007-11-19&UGID=0fa2bec87e0fd890d2898e3d58747d86
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Museu de arte contemporânea de Sampa para quem não conhece!




Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo
O Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP) é uma instituição ligada ao ensino, à pesquisa e à extensão universitária, voltado à produção artística nacional e estrangeira. Com sede no campus central da Universidade de São Paulo, além de seu espaço histórico no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, constitui um importante centro de pesquisa e de formação educacional.
O MAC é o mais importante museu da América Latina especializado na produção ocidental do século XX. Seu acervo conta com cerca de 8 mil obras - entre óleos, desenhos, gravuras, esculturas, objetos e trabalhos conceituais - consistindo em um grande patrimônio cultural com decorrências nacionais e internacionais.
O MAC é o mais importante museu da América Latina especializado na produção ocidental do século XX. Seu acervo conta com cerca de 8 mil obras - entre óleos, desenhos, gravuras, esculturas, objetos e trabalhos conceituais - consistindo em um grande patrimônio cultural com decorrências nacionais e internacionais.
Antecedentes
A criação do Museu de Arte Contemporânea da USP encontra-se ligada à história da primeira coleção especializada em arte moderna da América Latina, a do Museu de Arte Moderna de São Paulo, e, por conseguinte, à instituição da Bienal Internacional de Arte de São Paulo. Fundado em 1948 por Francisco Matarazzo Sobrinho, o Ciccillo Matarazzo, o Museu de Arte Moderna de São Paulo surge em um contexto de expansão industrial e de acelerado processo de metropolização. Nesse cenário, o mecenato privado – sobretudo o de Ciccillo e de Assis Chateaubriand (fundador do Museu de Arte de São Paulo) – cumpre papel decisivo na criação de diversas instituições culturais do período. No campo das artes visuais, o MAM/SP e a Bienal expressam a atenção despertada pelas novas tendências construtivas na arte.
Reivindicação antiga de artistas e intelectuais, como Mário de Andrade e Sérgio Milliet, o projeto de um museu dedicado à Arte Moderna no Brasil tem por modelo o Museum of Modern Art (MoMA) de Nova York (1929) e sua tentativa de articulação das diferentes artes: cinema, teatro e artes visuais. Com o apoio de Nelson Rockfeller (responsável por uma importante doação de obras feita ao MAM/SP em 1949), Carlos Pinto Alves e Alberto Magnelli, Ciccillo consegue ampliar a coleção, contando para isso com o auxílio técnico do crítico belga Leon Dégand, primeiro diretor da instituição. A criação da Bienal Internacional de São Paulo cumpre importante papel na ampliação do acervo: as obras premiadas nas mostras internacionais realizadas a partir de 1951 são incorporadas à coleção do museu, até 1962, quando ocorre a separação jurídica entre as instituições.
Os sucessivos conflitos entre a diretoria - ávida por autonomia - e Ciccillo, além da excessiva ligação do museu à Bienal (que fez dele quase um apêndice desta), levaram o empresário a decidir unilateralmente pela extinção do MAM, em 1962, e a efetivar a doação de seu acervo à Universidade de São Paulo no ano seguinte. Amigo do reitor da universidade, Ulhôa Cintra, Ciccillo havia recebido deste a promessa de que o acervo ganharia uma sede própria no campus da Cidade Universitária. Os membros do conselho recorreram judicialmente da decisão de Ciccillo e tentaram recuperar, em vão, o patrimônio da instituição. Conseguiram, no entanto, reaver a personalidade jurídica do MAM/SP. Passam a organizar exposições pela cidade até que, em 1969, o museu retoma suas atividades regulares em sua nova sede, na marquise do Parque do Ibirapuera.
A criação do Museu de Arte Contemporânea da USP encontra-se ligada à história da primeira coleção especializada em arte moderna da América Latina, a do Museu de Arte Moderna de São Paulo, e, por conseguinte, à instituição da Bienal Internacional de Arte de São Paulo. Fundado em 1948 por Francisco Matarazzo Sobrinho, o Ciccillo Matarazzo, o Museu de Arte Moderna de São Paulo surge em um contexto de expansão industrial e de acelerado processo de metropolização. Nesse cenário, o mecenato privado – sobretudo o de Ciccillo e de Assis Chateaubriand (fundador do Museu de Arte de São Paulo) – cumpre papel decisivo na criação de diversas instituições culturais do período. No campo das artes visuais, o MAM/SP e a Bienal expressam a atenção despertada pelas novas tendências construtivas na arte.
Reivindicação antiga de artistas e intelectuais, como Mário de Andrade e Sérgio Milliet, o projeto de um museu dedicado à Arte Moderna no Brasil tem por modelo o Museum of Modern Art (MoMA) de Nova York (1929) e sua tentativa de articulação das diferentes artes: cinema, teatro e artes visuais. Com o apoio de Nelson Rockfeller (responsável por uma importante doação de obras feita ao MAM/SP em 1949), Carlos Pinto Alves e Alberto Magnelli, Ciccillo consegue ampliar a coleção, contando para isso com o auxílio técnico do crítico belga Leon Dégand, primeiro diretor da instituição. A criação da Bienal Internacional de São Paulo cumpre importante papel na ampliação do acervo: as obras premiadas nas mostras internacionais realizadas a partir de 1951 são incorporadas à coleção do museu, até 1962, quando ocorre a separação jurídica entre as instituições.
Os sucessivos conflitos entre a diretoria - ávida por autonomia - e Ciccillo, além da excessiva ligação do museu à Bienal (que fez dele quase um apêndice desta), levaram o empresário a decidir unilateralmente pela extinção do MAM, em 1962, e a efetivar a doação de seu acervo à Universidade de São Paulo no ano seguinte. Amigo do reitor da universidade, Ulhôa Cintra, Ciccillo havia recebido deste a promessa de que o acervo ganharia uma sede própria no campus da Cidade Universitária. Os membros do conselho recorreram judicialmente da decisão de Ciccillo e tentaram recuperar, em vão, o patrimônio da instituição. Conseguiram, no entanto, reaver a personalidade jurídica do MAM/SP. Passam a organizar exposições pela cidade até que, em 1969, o museu retoma suas atividades regulares em sua nova sede, na marquise do Parque do Ibirapuera.
Histórico
O Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo é instituído em 8 de abril de 1963. Além das obras transferidas do Museu de Arte Moderna de São Paulo, somam-se ao seu acervo as obras advindas das coleções particulares de Ciccillo Matarazzo e de sua esposa, Yolanda Penteado, bem como a doação de obras internacionais realizada pela Fundação Nelson Rockfeller e os Prêmios das Bienais Internacionais de São Paulo. Concomitantemente, parte do antigo museu e de sua história migra para a universidade, o que confere a ele feições particulares associadas ao caráter da instituição que o acolhe. Entre outras coisas, observa-se o destaque, a partir de então, ao caráter educacional e formador do MAC, dirigido por professores universitários.
Posteriormente, juntam-se ao núcleo primário o espólio de Yolanda Mohalyi (com 26 obras da artista) e a coleção Theon Spanudis (364 obras, entre as quais um grande número de trabalhos construtivos posteriores à década de 1960). Em sua fase inicial, o museu funciona no terceiro andar do Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque do Ibirapuera, onde são realizadas as Bienais.
A herança das obras-primas amealhadas pelo MAM/SP fez com que o novo museu logo ganhasse destaque na América Latina e espaço nas discussões sobre os rumos das artes no século XX. Walter Zanini, primeiro diretor do MAC, assumiu pouco antes do golpe militar de 1964. Em tempos de intensa repressão política, Zanini foi o responsável por fazer do MAC um fórum do pensar e do fazer artísticos. Vários trabalhos expostos no museu refletiam a presença militar no cotidiano, ocasionando ameaças freqüentes dos órgãos repressores institucionais. As administrações posteriores de Wolfgang Pfeifer (1978-1982), Aracy Amaral (1982-1986) e Ana Mae Barbosa (1986-1990) foram de grande importância na definição dos novos rumos da instituição.
Investido das atribuições recorrentes ao fato de se posicionar como um museu da arte do nosso tempo, o MAC serviu de laboratório à primeira experiência museológica brasileira voltada à produção contemporânea. Ela se afirmou em meados dos anos de 1960, no exato momento em que se projetava internacionalmente a discussão sobre mudanças que estavam ocorrendo na arte, ocasião em que se discutia a re-conceituação dos seus paradigmas.
O MAC USP projetava já nesse momento, ações e exposições que mostravam a arte contemporânea ao público. A incorporação de obras fundamentadas na experimentação de novas linguagens e no uso de novos meios foi a base do crescimento do acervo, nas décadas posteriores à sua fundação. A contemporaneidade será a marca principal das décadas de 70 a 90, quando as doações de obras realizadas pelos próprios artistas colocaram-se como fator principal para a atualização e ampliação qualitativa do acervo do museu.
O ano de 1985 marca o começo da construção da sede definitiva do MAC, na Cidade Universitária. O projeto original foi elaborado pelos arquitetos Paulo Mendes da Rocha e Jorge Wilheim em 1975, mas com o início dos trabalhos, foram descobertas limitações técnicas que impossibilitaram a continuação da obra, fazendo com que a direção do museu optasse por um segundo projeto, inaugurado em 1992. Recentemente, o edifício-sede do MAC passou por ampla reforma, provendo o edifício de equipamentos de segurança e conservação mais modernos e conferindo uma nova disposição ao espaço expositivo da instituição.
A condição de museu universitário confere ao MAC/USP características diferenciadas em relação às instituições congêneres. O museu conta com um corpo permanente de docentes e pesquisadores que desenvolvem pesquisas científicas nas diversas áreas de atuação do museu, resultando em amplo acervo de publicações e expertises. Também oferece cursos de extensão universitária, de graduação e de pós-graduação aos estudantes da USP, de instituições conveniadas e à comunidade em geral.
O Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo é instituído em 8 de abril de 1963. Além das obras transferidas do Museu de Arte Moderna de São Paulo, somam-se ao seu acervo as obras advindas das coleções particulares de Ciccillo Matarazzo e de sua esposa, Yolanda Penteado, bem como a doação de obras internacionais realizada pela Fundação Nelson Rockfeller e os Prêmios das Bienais Internacionais de São Paulo. Concomitantemente, parte do antigo museu e de sua história migra para a universidade, o que confere a ele feições particulares associadas ao caráter da instituição que o acolhe. Entre outras coisas, observa-se o destaque, a partir de então, ao caráter educacional e formador do MAC, dirigido por professores universitários.
Posteriormente, juntam-se ao núcleo primário o espólio de Yolanda Mohalyi (com 26 obras da artista) e a coleção Theon Spanudis (364 obras, entre as quais um grande número de trabalhos construtivos posteriores à década de 1960). Em sua fase inicial, o museu funciona no terceiro andar do Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque do Ibirapuera, onde são realizadas as Bienais.
A herança das obras-primas amealhadas pelo MAM/SP fez com que o novo museu logo ganhasse destaque na América Latina e espaço nas discussões sobre os rumos das artes no século XX. Walter Zanini, primeiro diretor do MAC, assumiu pouco antes do golpe militar de 1964. Em tempos de intensa repressão política, Zanini foi o responsável por fazer do MAC um fórum do pensar e do fazer artísticos. Vários trabalhos expostos no museu refletiam a presença militar no cotidiano, ocasionando ameaças freqüentes dos órgãos repressores institucionais. As administrações posteriores de Wolfgang Pfeifer (1978-1982), Aracy Amaral (1982-1986) e Ana Mae Barbosa (1986-1990) foram de grande importância na definição dos novos rumos da instituição.
Investido das atribuições recorrentes ao fato de se posicionar como um museu da arte do nosso tempo, o MAC serviu de laboratório à primeira experiência museológica brasileira voltada à produção contemporânea. Ela se afirmou em meados dos anos de 1960, no exato momento em que se projetava internacionalmente a discussão sobre mudanças que estavam ocorrendo na arte, ocasião em que se discutia a re-conceituação dos seus paradigmas.
O MAC USP projetava já nesse momento, ações e exposições que mostravam a arte contemporânea ao público. A incorporação de obras fundamentadas na experimentação de novas linguagens e no uso de novos meios foi a base do crescimento do acervo, nas décadas posteriores à sua fundação. A contemporaneidade será a marca principal das décadas de 70 a 90, quando as doações de obras realizadas pelos próprios artistas colocaram-se como fator principal para a atualização e ampliação qualitativa do acervo do museu.
O ano de 1985 marca o começo da construção da sede definitiva do MAC, na Cidade Universitária. O projeto original foi elaborado pelos arquitetos Paulo Mendes da Rocha e Jorge Wilheim em 1975, mas com o início dos trabalhos, foram descobertas limitações técnicas que impossibilitaram a continuação da obra, fazendo com que a direção do museu optasse por um segundo projeto, inaugurado em 1992. Recentemente, o edifício-sede do MAC passou por ampla reforma, provendo o edifício de equipamentos de segurança e conservação mais modernos e conferindo uma nova disposição ao espaço expositivo da instituição.
A condição de museu universitário confere ao MAC/USP características diferenciadas em relação às instituições congêneres. O museu conta com um corpo permanente de docentes e pesquisadores que desenvolvem pesquisas científicas nas diversas áreas de atuação do museu, resultando em amplo acervo de publicações e expertises. Também oferece cursos de extensão universitária, de graduação e de pós-graduação aos estudantes da USP, de instituições conveniadas e à comunidade em geral.
A coleção
A coleção do MAC é de singular importância no contexto nacional e internacional e oferece uma experiência significativa do que foi e é a arte do início do século XX até os dias de hoje. São mais de oito mil obras – entre pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, fotografias, objetos e trabalhos conceituais – de artistas exponenciais, brasileiros e estrangeiros, capazes de ilustrar todos os principais movimentos artísticos dos últimos cem anos. Recentemente, o MAC recebeu, por determinação judicial, a guarda e a administração provisória de 1478 obras da coleção do Banco Santos, que abrange um significativo conjunto de fotografias contemporâneas, vindo cobrir uma lacuna no acervo da instituição.
Evidencia-se, na coleção, a existência de um núcleo sólido e abrangente referente ao desenvolvimento da arte moderna. Cronologicamente, a obra mais antiga do acervo é Paisagem (1906) de Giacomo Balla, expoente do Futurismo italiano, ainda influenciado pelas técnicas divisionistas. Umberto Boccioni é o autor de Formas Únicas da Continuidade no Espaço, uma de suas obras-primas absolutas. Mario Sironi completa o núcleo futurista.
No inventário de preciosidades do MAC, Pablo Picasso assina a tela Figuras, que se desdobra em dois perfis, Max Bill lança as bases do Concretismo na obra Unidade Tripartida e Marino Marini dá uma mostra de seu estilo inventivo com Grande Cavalo. Modigliani assina um dos ícones máximos da coleção. Seu Auto-Retrato, o único realizado pelo artista, é uma de suas últimas obras e expõe as influências da Arte Africana e do Expressionismo. Dentro deste movimento, encontram-se obras de Paul Klee, Constant Permeke, Käthe Kollwitz e Karl Scmidt-Rottluf. Da corrente fovista, há exemplares de Matisse e Raoul Dufy. O movimento cubista se faz presente nas obras de Albert Gleizes, Georges Braque, Jean Metzinger, Henri Laurens e Roger Chastel.
O Abstracionismo encontra-se fartamente representado na coleção, em diferentes correntes e tendências. Kandinsky é um dos principais destaques, com a obra Composição Clara, de 1942. Outros importantes expoentes dessa corrente presentes no acervo são Francis Picabia, Fernand Léger, Roger Bissière, Arthur Garfield Dove, Alexander Calder, Alberto Magnelli, Cesar Domela, Hans Hartung e Barbara Hepworth. Na corrente geométrica, os destaques são Josef Albers e Sophie Taeuber-Arp, enquanto Serge Poliakoff, Alfred Manessier, Kurt Schwitters e Giuseppe Santomaso evidenciam a tendência lírica. O Construtivismo se faz presente com Figura Reclinada de Henry Moore e Gesto Cósmico de Willi Baumeister, ao passo que a obra Conceito Espacial de Lúcio Fontana permite vislumbrar aspectos da tendência chamada Especialismo.
Opondo-se às renovações conceituais abstracionistas, encontram-se os representantes do chamado Novecento Italiano, como Carlo Carrà, Felice Casorati, Giorgio Morandi, Ottone Rosai e Massimo Campigli. Adeptos do Figurativismo, Ben Shahn e Rufino Tamayo exemplificam a arte engajada e o realismo fantástico, respectivamente. A pintura metafísica de Giorgio de Chirico (O Enigma de um Dia), Giuseppe Capogrossi e Atanasio Soldati, bem como as composições dadaístas de Jean Arp e Georg Grosz, lançam as bases para a ascensão do Surrealismo, magistralmente representado nas obras Primavera, de Marc Chagall, Quadro para Jovens, de Max Ernst e Personagem atirando pedra num pássaro, de Miró, e em outras composições de Wilfredo Lam, Germaine Richier e Roberto Matta. O surrealismo poético do Grupo CoBra tem em Karel Appel e Pierre Alechinsky seus principais representantes.
A coleção de arte moderna brasileira do MAC é das mais emblemáticas, traduzindo várias estéticas e fases. Importantes nomes dos primórdios do modernismo estão representados por obras de inconteste relevância no cenário artístico nacional. É o caso de A Boba e de Torso/Ritmo, obras de Anita Malfatti expostas em 1917, considerados o clímax de sua produção expressionista. O mesmo ocorre com Tarsila do Amaral, de quem o museu possui várias obras-primas, como as telas A Negra, E.F.C.B e Floresta. O MAC possui ainda trabalhos de grande peso de outros artistas presentes na Semana de Arte Moderna de 1922, como Lasar Segall, Di Cavalcanti, Victor Brecheret, Vicente do Rego Monteiro e John Graz, e de outros tantos que se incorporariam ao movimento ainda na década de 20, como Ismael Nery, Cícero Dias e Oswaldo Goeldi.
A vanguarda artística da década de 30 também se encontra amplamente documentada na instituição, com vários trabalhos de Flávio de Carvalho (série Minha Mãe Morrendo), Cândido Portinari (Retrato de Paulo Rossi Osir), Antônio Gomide, Lívio Abramo, Clóvis Graciano, Aldo Bonadei, Francisco Rebolo, Mário Zanini, Alfredo Volpi e Manoel Martins. Reagindo à predominância da temática social imposta por Portinari e Graciano, encontram-se os integrantes do Núcleo Bernardelli, aqui representado por José Pancetti e Milton Dacosta. Fora do eixo Rio-São Paulo, destacam-se as obras de Alberto da Veiga Guignard e Maria Martins. No campo das artes gráficas, destacam-se Edith Behring e Renina Katz.
Amílcar de Castro (brasileiro, 1920-2002). Sem Título, 1985. Aço, 110.0 x 250.0 x 250.0 cm.
O período do pós-guerra torna-se um terreno fértil para o surgimento de novas experiências estilísticas e para a reconfiguração dos temas e objetos de análise no campo das artes visuais. A diversificação e a profusão de estilos e valores levam à incorporação de questionamentos bastante diversos das rupturas propostas pelos movimentos de vanguarda do período anterior. Esta tendência, iniciada na década de 50, torna-se mais evidente já no decênio seguinte. O abstracionismo mantém sua relevância como corrente estilística na arte contemporânea. Entre seus representantes, destacam-se, no acervo do MAC, Pierre Soulages, Luciano Minguzzi, Simon Beneton, Alfred Leslie e Jean Otth. A produção surrealista pós-moderna se faz presente nas obras de Joan Ponç, Eduardo Paolozzi, Alan Davie e, sobretudo, Antoni Tàpies (Ásia, 1951).
A pintura pós-abstrata tem em Frank Stella um de seus principais teóricos, presente na coleção com o grande painel The Foundling n#6. Representando o figurativismo pós-moderno, Arthur Osver se ocupará das críticas ao mundo contemporâneo. Victor Vasarely, historicamente ligado ao abstracionismo geométrico, faz as primeiras incursões sobre a Op Art (Chillan, 1951). Emilio Vedova, único nome italiano da Action Painting, também marca presença na coleção (Protesto dos Condenados de Sevilha). A sociedade de consumo e o cotidiano são temas que irão permear as obras de Claes Oldenburg, Robert Rauschenberg e Modest Cuixart, representantes da pop art.
A exploração de suportes diferenciados e a reestruturação do próprio conceito de arte levam os artistas contemporâneos a uma permanente experimentação de novas formulas estéticas. César Baldaccini dá continuidade aos estudos de ready made iniciados com o Dadaísmo na obra Expansão Controlada, e Jean Tinguely irá imprimir na sua produção os conceitos recém-formulados da Arte Cinética. Christo segue as tendências do novo realismo. Performances, instalações e a arte multimídia também ganham representatividade por meia das obras de David Salle, Krysztof Wodiczko, Chihiro Shimotani e Susumu Endo. Kenny Scharf destaca-se ao alçar o grafite à condição de arte (Cidade Grande). Merecem destaque ainda Sofu Teshigahara, com esculturas inspiradas na arte japonesa da ikebana; Antonio Segui, com obras figurativas de carga fortemente expressionista; os escultores León Ferrari e Eduardo Diaz Yepes; além de Joseph Beuys, Ricardo Martinez, Eduardo Villamizar, Roman Opalka, Nelson Ramos, Heiner Kielholz, Felipe Ehrenberg e Luiz Fernando Peláez.
Como decorrência da II Guerra Mundial, também no Brasil observa-se uma crescente internacionalização das tendências artísticas. O figurativismo e a temática regional, que haviam marcado a produção das décadas anteriores, abrem espaço para as tendências contemporâneas. Desta fase, destacam-se as obras dos abstracionistas Samson Flexor, Luiz Sacilotto, Hermelindo Fiaminghi, Waldemar Cordeiro, Willys de Castro, Hércules Barsotti e Lothar Charoux e dos neoconcretos Lygia Clark, Hélio Oiticica, Franz Weissmann e Amílcar de Castro.
A partir da V Bienal de São Paulo (1959), as tendências abstracionistas e neoconcretas passam a dividir o espaço artístico nacional com o tachismo, uma diluição do expressionismo abstrato norte-americano. Desta corrente, o MAC possui obras relevantes de Manabu Mabe (Equador nº 2), Tikashi Fukushima e Flávio Shiró. Dentre os grandes expoentes das artes gráficas no período, destacam-se Anna Letycia e Marcelo Grassmann.
Na década de 60, ao lado de tendências já estabelecidas, como o expressionismo abstrato e o concretismo – expressos no acervo do museu pelas obras de Iberê Camargo, Maria Leontina, Yolanda Mohalyi, Tomie Ohtake e Arcângelo Ianelli –, florescem outras correntes que buscam romper com as características convencionais da pintura de cavalete, como a Nova Objetividade (fortemente influenciada pela pop art norte-americana), dando origem aos happenings e assemblages. Dentro desse movimento, há várias obras de Nelson Leirner, Geraldo de Barros, Artur Barrio, Antônio Dias, José Roberto Aguilar, Cláudio Tozzi, Wesley Duke Lee, Cildo Meireles, Antonio Henrique Amaral, Tomoshige Kusuno e Anna Bella Geiger.
Na década seguinte, a arte brasileira radicalizaria as pesquisas em busca da liberdade expressiva e do tratamento de temas específicos do mundo contemporâneo. Em conseqüência disso, surgiria a arte conceitual, caracterizada pela realização de instalações, performances e videoarte. Destacam-se no período Luiz Alphonsus, Mario Cravo Neto, Iole de Freitas e Julio Plaza. Paralelamente, firmam-se no cenário nacional artistas que, mesmo operando com suportes tradicionais, radicalizam o sentido contemporâneo da obra e do fazer artístico, como José Resende, Carlos Fajardo, Waltércio Caldas, Luiz Paulo Baravelli, Mira Schendel, Ivald Granato.
A partir da década de 80, com o processo de restauração democrática no Brasil, inicia-se uma produção de caráter híbrido, trabalhando com elementos herdados da tradição moderna e aquisições obtidas através das pesquisas de linguagem. Destacam-se Jorge Guinle Filho, Daniel Senise, Ângelo Venosa, José Leonilson, Leda Catunda, Nuno Ramos, Carlito Carvalhosa e Marco Gianotti.
A Biblioteca do Museu de Arte Contemporânea da USP, fundada juntamente com o museu, recebeu, em sua criação, doado pela USP, o acervo de livros que pertencera ao pintor Paulo Rossi Osir. Em 1969, o Conselho Administrativo decidiu que a biblioteca teria o nome de Lourival Gomes Machado, homenageando um dos primeiros professores a ministrar cursos de História da Arte na USP. Em 1971, a então Biblioteca Lourival Gomes Machado foi cadastrada no Conselho Regional de Biblioteconomia – CRB/SP e em 1973 obteve cadastro no Instituto Nacional do Livro. Possui um acervo de aproximadamente 60.000 volumes entre livros, catálogos de exposições, periódicos, pastas de artistas, slides, vídeos e cartazes – abrangendo temas como artes plásticas, arquitetura, design, museologia, conservação, restauração, etc.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Comissão de Patrimônio Cultural da Universidade de São Paulo; Guia de Museus Brasileiros; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo / Editora da Universidade de São Paulo, 2000.
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
SONHO
Quando eu estudava o ensino fundamental me identificava muito com algumas matérias que me incentivava a interessar mais a fundo sobre ela. História e Geografia era as principais matérias que gostava. Passei para o ensino médio conhecendo cada vez mais sobre os assuntos discutidos em sala de aula. A partir do 1ºano do ensino médio já tinha definido o que queria fazer e prestar vestibular, que naquela época era um assunto bastante discutido e todos alunos morriam de medo e eu estava incluído nisso. No colégio eu já tinha em mente e era um sonho cursar a faculdade de turismo na UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais que era o sonho dos meus pais. Descobri que no curso de turismo tinha matérias que eu gostava e me interessava muito como: transportes, agência, hotelaria, geografia e histórias do Brasil e da Arte. Quando terminei o ensino médio fui prestar vestibular na Federal, mas infelizmente não consegui alcançar os pontos de classificação. Então acabou o ano e lamentei não ter passado nem na primeira etapa. No ano seguinte entrei em um cursinho com objetivo de passar no vestibular da Federal em turismo novamente, mas desta vez eu me inscrevi em outras faculdades: Newton Paiva, Fumec,e FEAD. No final do ano de 2003 novamente fazendo prova de vestibular e desta vez foi uma maratona de provas. Na prova da federal não passei novamente, fiquei frustrado, mas passei na FEAD, Fumec e Newton Paiva. De qualquer maneira não iria deixar de estudar no ano de 2004 e decidi fazer o curso no Unicentro Newton Paiva que era muito bem conceituado. Entrando na faculdade realizei 50% do meu sonho. Fiquei muito alegre e empolgado com a chegada do 1º dia de aula. Quando recebi o cronograma não gostei por causa das matérias teóricas e não práticas, mas descobri que todo curso tinha matérias teóricas e chatas no início. Ao decorrer do curso comecei a levar a faculdade mais a sério e quando me toquei consegui fazer um estágio na INFRAERO. Depois de 2 anos de serviço, hoje estou empregado em uma Cia aérea e estou quase completando meu sonho por completo, no 8º período estou, o sonho de ser realizado eu tenho certeza que não é só meu, pois minha família vai sentir esse gosto de realização e será um sonho para todos.
Rodrigo Lopes
Rodrigo Lopes
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Primeiro Salão Mineiro de Turismo
Operadoras de São Paulo e do Rio de Janeiro e empresas dos circuitos turísticos de Minas Gerais vão participar do Primeiro Salão Mineiro de Turismo. O objetivo do evento é impulsionar o desenvolvimento do setor no Estado. O salão será no Minascentro, em BH, nos dias 26 e 27 de setembro.Promovida pela Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais em parceria com o Sebrae Minas, a primeira edição do Salão será uma oportunidade para o Estado apresentar suas potencialidades para outros estados. “Queremos colocar Minas Gerais nas prateleiras das principais operadoras do turismo nacional e internacional e motivar os agentes a comercializarem os nossos roteiros para atraírem cada vez mais turistas”, conta a secretária de turismo do Estado, Érica Drumond.No dia 26 de setembro, 30 agências de receptivos irão negociar pacotes turísticos. As rodadas serão feitas através de encontros previamente agendados com cerca de 10 operadoras de São Paulo e Rio de Janeiro. “Será uma vitrine em que Minas irá mostrar o seu potencial turístico. Os empresários terão a oportunidade de estabelecer contatos que futuramente poderão gerar bons negócios”, explica o diretor-superintendente do Sebrae Minas, Afonso Maria Rocha.No mesmo dia haverá o lançamento do livro Resgate Cultural da Estrada Real. A publicação valoriza e preserva os ofícios e manifestações culturais de dez municípios que compõem a trilha da Estrada Real em Minas.
Programação:
Mais de 10 mil pessoas estão sendo esperados para o Salão. Os visitante poderão conhecer uma feira de produtos turísticos que será exposta durante o evento. O Salão terá uma Praça Gastronômica, com a mostra do Festival Comida di Buteco que reúne tradicionais bares da capital. Na Praça Cultural haverá apresentações da diversidade do artesanato e da cultura das regiões do Estado. No Espaço do Conhecimento serão realizadas palestras e workshops. Haverá também o lançamento a 5a edição do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor Juscelino Kubitschek. A iniciativa é um reconhecimento aos prefeitos que desenvolvem projetos de estímulo às micro e pequenas empresas em seu município. O Prêmio Prefeito Empreendedor é nacional e de comprovado sucesso em suas edições anteriores. Na última edição de 2005/2006 foram inscritos 685 projetos em todo o país.
Para participar do Salão Mineiro de Turismo, os empresários e profissionais do setor poderão se inscrever pelo site http://www.turismo.mg.gov.br/Serviço I Salão Mineiro de Turismo Dias 26 e 27 de setembro Minascentro – Belo Horizonte/MGInscrições no site http://www.turismo.mg.gov.br/Rodada de Negócios Dia 26 de setembro, das 14:00 às 18:00Sala EsmeraldaLançamento do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor Juscelino KubitschekDia 26 de setembro, das 14:00 às 17:00Auditório GranadaLançamento do livro Resgate Cultural da Estrada RealDia 26 de setembro, às 18:00Estande Estrada Real
Autor: Sebrae – MG
Data: 12/09/07
ANÁLISE DA REPORTAGEM:
O Salão Mineiro de Turismo vai trazer muitos benefícios para Minas Gerais, principalmente em termos de divulgação de seus produtos. Diversos roteiros incluindo gastronomia, cultura, artesanato, arte, meio-ambiente, Minas é uma região que dispões de potencial turístico, mas não tem o devido valor. Com esse evento, o ‘boom’ do turismo mineiro tem grandes chances de se expandir, mas pra isso é preciso de uma conscientização a nível estadual, para que todas as comunidades receptoras estejam preparadas, com infra-estrutura adequada para suportar os turistas.
PROPOSTA:
Um programa de conscientização de carácter estadual, para que não falhe a responsabilidade da atividade turística no nosso estado, deixando a desejar em termos de hotéis, infra-estrutura básica, transportes dentre outros serviços prestados pelo turismo.
http://www.gestour.com.br/webengine/servlet/Controller?command=gestour&modulo=noticias&id=
Operadoras de São Paulo e do Rio de Janeiro e empresas dos circuitos turísticos de Minas Gerais vão participar do Primeiro Salão Mineiro de Turismo. O objetivo do evento é impulsionar o desenvolvimento do setor no Estado. O salão será no Minascentro, em BH, nos dias 26 e 27 de setembro.Promovida pela Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais em parceria com o Sebrae Minas, a primeira edição do Salão será uma oportunidade para o Estado apresentar suas potencialidades para outros estados. “Queremos colocar Minas Gerais nas prateleiras das principais operadoras do turismo nacional e internacional e motivar os agentes a comercializarem os nossos roteiros para atraírem cada vez mais turistas”, conta a secretária de turismo do Estado, Érica Drumond.No dia 26 de setembro, 30 agências de receptivos irão negociar pacotes turísticos. As rodadas serão feitas através de encontros previamente agendados com cerca de 10 operadoras de São Paulo e Rio de Janeiro. “Será uma vitrine em que Minas irá mostrar o seu potencial turístico. Os empresários terão a oportunidade de estabelecer contatos que futuramente poderão gerar bons negócios”, explica o diretor-superintendente do Sebrae Minas, Afonso Maria Rocha.No mesmo dia haverá o lançamento do livro Resgate Cultural da Estrada Real. A publicação valoriza e preserva os ofícios e manifestações culturais de dez municípios que compõem a trilha da Estrada Real em Minas.
Programação:
Mais de 10 mil pessoas estão sendo esperados para o Salão. Os visitante poderão conhecer uma feira de produtos turísticos que será exposta durante o evento. O Salão terá uma Praça Gastronômica, com a mostra do Festival Comida di Buteco que reúne tradicionais bares da capital. Na Praça Cultural haverá apresentações da diversidade do artesanato e da cultura das regiões do Estado. No Espaço do Conhecimento serão realizadas palestras e workshops. Haverá também o lançamento a 5a edição do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor Juscelino Kubitschek. A iniciativa é um reconhecimento aos prefeitos que desenvolvem projetos de estímulo às micro e pequenas empresas em seu município. O Prêmio Prefeito Empreendedor é nacional e de comprovado sucesso em suas edições anteriores. Na última edição de 2005/2006 foram inscritos 685 projetos em todo o país.
Para participar do Salão Mineiro de Turismo, os empresários e profissionais do setor poderão se inscrever pelo site http://www.turismo.mg.gov.br/Serviço I Salão Mineiro de Turismo Dias 26 e 27 de setembro Minascentro – Belo Horizonte/MGInscrições no site http://www.turismo.mg.gov.br/Rodada de Negócios Dia 26 de setembro, das 14:00 às 18:00Sala EsmeraldaLançamento do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor Juscelino KubitschekDia 26 de setembro, das 14:00 às 17:00Auditório GranadaLançamento do livro Resgate Cultural da Estrada RealDia 26 de setembro, às 18:00Estande Estrada Real
Autor: Sebrae – MG
Data: 12/09/07
ANÁLISE DA REPORTAGEM:
O Salão Mineiro de Turismo vai trazer muitos benefícios para Minas Gerais, principalmente em termos de divulgação de seus produtos. Diversos roteiros incluindo gastronomia, cultura, artesanato, arte, meio-ambiente, Minas é uma região que dispões de potencial turístico, mas não tem o devido valor. Com esse evento, o ‘boom’ do turismo mineiro tem grandes chances de se expandir, mas pra isso é preciso de uma conscientização a nível estadual, para que todas as comunidades receptoras estejam preparadas, com infra-estrutura adequada para suportar os turistas.
PROPOSTA:
Um programa de conscientização de carácter estadual, para que não falhe a responsabilidade da atividade turística no nosso estado, deixando a desejar em termos de hotéis, infra-estrutura básica, transportes dentre outros serviços prestados pelo turismo.
http://www.gestour.com.br/webengine/servlet/Controller?command=gestour&modulo=noticias&id=
Passeio apresenta a turista vilarejos quase isolados
Nos Lençóis Maranhenses, comunidades sem energia elétrica nem água encanada recebem visitantes
Esqueça as comodidades da vida nas cidades grandes. Nos dois vilarejos que existem nos 155 mil hectares do Parque dos Lençóis Maranhenses, não há computador, e o celular não dá sinal. Mas isso não é nada: lá também não há água encanada, luz elétrica nem rede de esgoto.E é bom que você não tenha problemas para dormir em redes, porque não vai encontrar nada parecido com uma cama.Apesar da precariedade da hospedagem, ir às comunidades de pescadores é um dos passeios mais interessantes e menos divulgados da região.Agências e algumas operadoras locais levam turistas para pernoitar nos oásis de Queimada dos Britos ou Baixa Grande. O passeio pode começar em Santo Amaro e terminar em Barreirinhas ou ter ida e volta por Barreirinhas. As duas cidades têm bons hotéis e pousadas.O trajeto até os Lençóis Maranhenses é feito em 4x4 e dura cerca de 40 minutos. A partir da entrada do parque, só é possível continuar a pé.A caminhada é puxada e consome de cinco a seis horas, tempo de sobra para se banhar nas várias lagoas transparentes. O vento engana os desavisados que se aventuram a andar sem protetor solar: a região tem temperatura média de 26C, índice que pode subir facilmente a partir de julho, quando começa o verão local (para os maranhenses, só há duas estações no ano: o inverno, que é a época das chuvas e dura todo o primeiro semestre, e o verão, no segundo semestre).Apesar de o sol ser forte, a areia branca é gelada, e dá para caminhar sem se preocupar com bolhas nos pés. Céu aberto é garantia de boas fotos.Os dois oásis ficam distantes três horas de caminhada um do outro. Queimada dos Britos tem oito moradores, divididos em três casas simples, feitas de madeira e palha. São filhos ou netos de Manuel Brito, um cearense que chegou ao local há cerca de 50 anos. Baixa Grande é um pouco maior, com cerca de 25 pessoas oriundas de Atins, povoado às margens do rio Preguiças. Nos dois oásis, todos vivem da pesca e da criação de bodes, galinhas e vacas.O isolamento dessas comunidades só é rompido quando falta sal ou fósforos, e um dos moradores é designado para ir à cidade buscar esses itens. Vai e volta no mesmo dia. A pé.Após um jantar preparado pelos próprios pescadores -quase sempre uma refeição com muito peixe ou frango- um dedo de prosa antes de ir dormir. No dia seguinte, depois de um café da manhã bem simples, começa a viagem de volta à civilização -com direito a celular, computador, trânsito... (CC)
ANÁLISE DA REPORTAGEM:
A reportagem enfoca bem essa troca cultural que o turismo proporciona. Neste caso específico, que não é preciso tanta sofisticação para se levar a vida, e atualmente muitos turistas estrangeiros vem para o Brasil para conhecer essa realidade que muitos acham que no mundo hoje não existe mais. Esse fato se repete não só no Nordeste, mas também na região Sudeste, mais preciso no Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas, com o Turismo Solidário onde o turista conhece os atrativos naturais e culturais dessa região carente e também o Turismo Sertanejo que envolve as regiões interioranas do Brasil enfocando nessa integração do meio ambiente e suas relações enfatizando a valorização da identidade regional e na melhoria das condições de vida de um local. São novas formas de turismo que esta tendo o seu lugar no espaço e cada vez mais procura. Mas é contraditório dizer isso, sendo que para se desenvolver a atividade turística é necessário o mínimo de infra-estrutura básica, e nesses oásis no Maranhão, nem um tratamento de esgoto eles possuem.
PROPOSTA:
Uma proposta seria, unir o poder público e privado local para buscar soluções básicas para esses moradores, dando a eles pelo menos o saneamento básico, para evitar doenças já que a população é somente de famílias, pois dessa forma eles teriam melhores condições de vida e de poder continuar com mais tranquilidade essa história que é chamariz de novas culturas para o turismo.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2009200715.htm
Nos Lençóis Maranhenses, comunidades sem energia elétrica nem água encanada recebem visitantes
Esqueça as comodidades da vida nas cidades grandes. Nos dois vilarejos que existem nos 155 mil hectares do Parque dos Lençóis Maranhenses, não há computador, e o celular não dá sinal. Mas isso não é nada: lá também não há água encanada, luz elétrica nem rede de esgoto.E é bom que você não tenha problemas para dormir em redes, porque não vai encontrar nada parecido com uma cama.Apesar da precariedade da hospedagem, ir às comunidades de pescadores é um dos passeios mais interessantes e menos divulgados da região.Agências e algumas operadoras locais levam turistas para pernoitar nos oásis de Queimada dos Britos ou Baixa Grande. O passeio pode começar em Santo Amaro e terminar em Barreirinhas ou ter ida e volta por Barreirinhas. As duas cidades têm bons hotéis e pousadas.O trajeto até os Lençóis Maranhenses é feito em 4x4 e dura cerca de 40 minutos. A partir da entrada do parque, só é possível continuar a pé.A caminhada é puxada e consome de cinco a seis horas, tempo de sobra para se banhar nas várias lagoas transparentes. O vento engana os desavisados que se aventuram a andar sem protetor solar: a região tem temperatura média de 26C, índice que pode subir facilmente a partir de julho, quando começa o verão local (para os maranhenses, só há duas estações no ano: o inverno, que é a época das chuvas e dura todo o primeiro semestre, e o verão, no segundo semestre).Apesar de o sol ser forte, a areia branca é gelada, e dá para caminhar sem se preocupar com bolhas nos pés. Céu aberto é garantia de boas fotos.Os dois oásis ficam distantes três horas de caminhada um do outro. Queimada dos Britos tem oito moradores, divididos em três casas simples, feitas de madeira e palha. São filhos ou netos de Manuel Brito, um cearense que chegou ao local há cerca de 50 anos. Baixa Grande é um pouco maior, com cerca de 25 pessoas oriundas de Atins, povoado às margens do rio Preguiças. Nos dois oásis, todos vivem da pesca e da criação de bodes, galinhas e vacas.O isolamento dessas comunidades só é rompido quando falta sal ou fósforos, e um dos moradores é designado para ir à cidade buscar esses itens. Vai e volta no mesmo dia. A pé.Após um jantar preparado pelos próprios pescadores -quase sempre uma refeição com muito peixe ou frango- um dedo de prosa antes de ir dormir. No dia seguinte, depois de um café da manhã bem simples, começa a viagem de volta à civilização -com direito a celular, computador, trânsito... (CC)
ANÁLISE DA REPORTAGEM:
A reportagem enfoca bem essa troca cultural que o turismo proporciona. Neste caso específico, que não é preciso tanta sofisticação para se levar a vida, e atualmente muitos turistas estrangeiros vem para o Brasil para conhecer essa realidade que muitos acham que no mundo hoje não existe mais. Esse fato se repete não só no Nordeste, mas também na região Sudeste, mais preciso no Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas, com o Turismo Solidário onde o turista conhece os atrativos naturais e culturais dessa região carente e também o Turismo Sertanejo que envolve as regiões interioranas do Brasil enfocando nessa integração do meio ambiente e suas relações enfatizando a valorização da identidade regional e na melhoria das condições de vida de um local. São novas formas de turismo que esta tendo o seu lugar no espaço e cada vez mais procura. Mas é contraditório dizer isso, sendo que para se desenvolver a atividade turística é necessário o mínimo de infra-estrutura básica, e nesses oásis no Maranhão, nem um tratamento de esgoto eles possuem.
PROPOSTA:
Uma proposta seria, unir o poder público e privado local para buscar soluções básicas para esses moradores, dando a eles pelo menos o saneamento básico, para evitar doenças já que a população é somente de famílias, pois dessa forma eles teriam melhores condições de vida e de poder continuar com mais tranquilidade essa história que é chamariz de novas culturas para o turismo.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2009200715.htm

Natal é ponto de partida para viajantes
Capital do Rio Grande do Norte recebe por ano cerca de 2 milhões de visitantes buscando praias e recifes.
ALEXANDRE NOBESCHI
Uma brisa constante ajuda a amenizar os efeitos do clima abafado de Natal, capital do Rio Grande do Norte. A cidade, entre tantos apelidos, é conhecida como o lugar "onde o vento faz a curva". Faz sentido.Natal é a última capital nordestina antes da "esquina" rumo ao Norte do país. Mas na capital potiguar não se vive só de brisa. Na verdade, uma boa parte da população se dedica ao turismo. Dos mais de 750 mil habitantes, cerca de 140 mil estão no setor, de acordo com dados da prefeitura.Faz sentido também contar com esse contingente para atender os aproximadamente 2 milhões de turistas que visitam a cidade anualmente atrás das belezas naturais da orla.Banhada por águas verdes e mornas, Natal é dividida em cinco praias: Ponta Negra, Areia Preta, dos Artistas, do Meio e do Forte.Mais ao sul, Ponta Negra se destaca pela noite agitada, recheada de bares descolados, e pelo morro do Careca, um dos pontos turísticos que mais evocam o orgulho dos natalenses.Formado por dunas e com cerca de 120 metros, o morro tem uma faixa de areia no meio da vegetação. Por ser um patrimônio natural da cidade que exige conservação, não é mais possível acessar o local.Na praia dos Artistas, na região central, piscinas naturais se formam entre a areia e uma barreira de recifes. A praia do Forte leva a fama devido à fortaleza dos Reis Magos. Em forma de estrela, o monumento proporciona ao visitante uma visão panorâmica da cidade.As praias de Areia Preta e do Meio não são tão famosas quanto as outras, mas não ficam para trás no quesito visual. Além da natureza privilegiada e da diversidade nos serviços, Natal funciona como uma espécie de ponto de saída para outras praias do litoral potiguar. Em um mesmo dia é possível visitar boa parte da região norte do Estado e voltar à capital no começo da noite.Os passeios podem ser feitos de buggy e seguem um roteiro com boas opções de lazer.Passa-se por dunas, por praias quase desertas e por lagoas cercadas de areia por todos os lados até chegar à região que guarda os parrachos, recifes de corais a 7 km da praia, onde o turista pode mergulhar.Rumo às praias do sul do Estado está o maior o cajueiro do mundo, com 8.400 m 2 (23 vezes uma quadra de basquete). A árvore ganhou proporção abissal devido a duas anomalias genéticas. Uma a fez crescer para o lado, e não só para cima. A outra é que os galhos, ao tocarem o solo, criam raízes e começam a se espalhar como se fossem uma nova árvore.É para esse lado também que está a Barra de Tabatinga e o Mirante dos Golfinhos. Mais adiante, quase na divisa com a Paraíba, aporta-se à praia da Pipa, freqüentada por jovens de várias partes do mundo.
ANÁLISE DA REPORTAGEM:
A reportagem enfoca o turismo na região nordeste e todas suas belezas naturais, em específico a cidade de Natal- Rio Grande do Norte. É importante lembrar que, o turismo é uma atividade que envolve todo esse potencial e para que seja uma atividade saudável, é necessário que haja a conscientização e preservação dos atrativos; como mostra o cuidado da população local com o Morro do Careca. Percebe-se que a atividade turística é desenvolvida de uma forma consciente pelos natalenses, e estes tem a visão do turismo não somente como uma fonte geradora de renda, mas de uma forma que visa às gerações futuras.
Por ser considerada um ponto de partida para viajantes, tendo em vista conhecer outros pontos turísticos, a atividade econômica não fica centrada apenas em uma localidade e, sendo assim, a distribuição de renda tem um maior dinamismo e repercussão em maior escala.
Proposta:
Uma proposta a ser feita, seria a maior utilização de transporte hidroviário de baixo porte, pois o impacto gerado não seria tão grande em relação aos buggys que por onde passam causam um impacto maior (tanto na vegetação como no ar). Poderiam ser considerados ‘mini-cruzeiros’, onde o turista pagaria por um pacote com um dia ou mais dias de hospedagem (em terra) em cada lugar visitado, assim, teriam mais tempo para conhecer o lugar e ter uma integração maior com a comunidade local provocando as trocas culturais entre turista e nativo. Além disso, Natal não se refere apenas ao litoral, deveria dar um enfoque ao seu centro histórico onde sua rica arquitetura também merece destaque.
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2009200702.htm
Capital do Rio Grande do Norte recebe por ano cerca de 2 milhões de visitantes buscando praias e recifes.
ALEXANDRE NOBESCHI
Uma brisa constante ajuda a amenizar os efeitos do clima abafado de Natal, capital do Rio Grande do Norte. A cidade, entre tantos apelidos, é conhecida como o lugar "onde o vento faz a curva". Faz sentido.Natal é a última capital nordestina antes da "esquina" rumo ao Norte do país. Mas na capital potiguar não se vive só de brisa. Na verdade, uma boa parte da população se dedica ao turismo. Dos mais de 750 mil habitantes, cerca de 140 mil estão no setor, de acordo com dados da prefeitura.Faz sentido também contar com esse contingente para atender os aproximadamente 2 milhões de turistas que visitam a cidade anualmente atrás das belezas naturais da orla.Banhada por águas verdes e mornas, Natal é dividida em cinco praias: Ponta Negra, Areia Preta, dos Artistas, do Meio e do Forte.Mais ao sul, Ponta Negra se destaca pela noite agitada, recheada de bares descolados, e pelo morro do Careca, um dos pontos turísticos que mais evocam o orgulho dos natalenses.Formado por dunas e com cerca de 120 metros, o morro tem uma faixa de areia no meio da vegetação. Por ser um patrimônio natural da cidade que exige conservação, não é mais possível acessar o local.Na praia dos Artistas, na região central, piscinas naturais se formam entre a areia e uma barreira de recifes. A praia do Forte leva a fama devido à fortaleza dos Reis Magos. Em forma de estrela, o monumento proporciona ao visitante uma visão panorâmica da cidade.As praias de Areia Preta e do Meio não são tão famosas quanto as outras, mas não ficam para trás no quesito visual. Além da natureza privilegiada e da diversidade nos serviços, Natal funciona como uma espécie de ponto de saída para outras praias do litoral potiguar. Em um mesmo dia é possível visitar boa parte da região norte do Estado e voltar à capital no começo da noite.Os passeios podem ser feitos de buggy e seguem um roteiro com boas opções de lazer.Passa-se por dunas, por praias quase desertas e por lagoas cercadas de areia por todos os lados até chegar à região que guarda os parrachos, recifes de corais a 7 km da praia, onde o turista pode mergulhar.Rumo às praias do sul do Estado está o maior o cajueiro do mundo, com 8.400 m 2 (23 vezes uma quadra de basquete). A árvore ganhou proporção abissal devido a duas anomalias genéticas. Uma a fez crescer para o lado, e não só para cima. A outra é que os galhos, ao tocarem o solo, criam raízes e começam a se espalhar como se fossem uma nova árvore.É para esse lado também que está a Barra de Tabatinga e o Mirante dos Golfinhos. Mais adiante, quase na divisa com a Paraíba, aporta-se à praia da Pipa, freqüentada por jovens de várias partes do mundo.
ANÁLISE DA REPORTAGEM:
A reportagem enfoca o turismo na região nordeste e todas suas belezas naturais, em específico a cidade de Natal- Rio Grande do Norte. É importante lembrar que, o turismo é uma atividade que envolve todo esse potencial e para que seja uma atividade saudável, é necessário que haja a conscientização e preservação dos atrativos; como mostra o cuidado da população local com o Morro do Careca. Percebe-se que a atividade turística é desenvolvida de uma forma consciente pelos natalenses, e estes tem a visão do turismo não somente como uma fonte geradora de renda, mas de uma forma que visa às gerações futuras.
Por ser considerada um ponto de partida para viajantes, tendo em vista conhecer outros pontos turísticos, a atividade econômica não fica centrada apenas em uma localidade e, sendo assim, a distribuição de renda tem um maior dinamismo e repercussão em maior escala.
Proposta:
Uma proposta a ser feita, seria a maior utilização de transporte hidroviário de baixo porte, pois o impacto gerado não seria tão grande em relação aos buggys que por onde passam causam um impacto maior (tanto na vegetação como no ar). Poderiam ser considerados ‘mini-cruzeiros’, onde o turista pagaria por um pacote com um dia ou mais dias de hospedagem (em terra) em cada lugar visitado, assim, teriam mais tempo para conhecer o lugar e ter uma integração maior com a comunidade local provocando as trocas culturais entre turista e nativo. Além disso, Natal não se refere apenas ao litoral, deveria dar um enfoque ao seu centro histórico onde sua rica arquitetura também merece destaque.
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2009200702.htm
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